Perto de uma centena de pessoas participou na última segunda-feira, em frente à Câmara de Ponte de Lima, numa manifestação contra a empresa Águas do Alto Minho (AdAM). Os populares criticavam os preços excessivos da água e pedem a reversão da gestão para a autarquia.
Entoando frases de contestação, como, “a luta continua, AdAM para a rua”, os populares foram escoltados por militares da Polícia de Segurança Pública até à Câmara Municipal de Ponte de Lima.
A ação foi mobilizada através das redes sociais e decorreu no Dia Mundial do Consumidor, junto dos edifícios das sete autarquias do distrito que integram à AdAM, Ponte de Lima; Viana do Castelo; Caminha; Vila Nova de Cerveira; Arcos de Valdevez e Valença. Ao que apuramos apenas em Paredes de Coura não houve qualquer manifestação.
Os consumidores de Ponte de Lima explicavam que defendiam “a água é um bem essencial e estamos a pagá-la ao preço do ouro”.
“Não aos erros, desculpas” e “Não às tarifas, mentiras” eram algumas das mensagens escritas nos cartazes.
Recorde-se que a AdAM tem sido acusada de “preços excessivos, erros frequentes e falta de respostas” aos clientes.
Há dias os autarcas acionistas exigiram a correção dos erros e davam um prazo até “à próxima fatura” para uma decisão.
A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% pelos municípios de Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (Movimento independente PenCe – Pensar Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.
Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.
A nova empresa começou a operar em janeiro de 2020, “dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes”.
Em janeiro deste ano, a AdAM anunciou o início da regularização de consumos não faturados em 2020, na sequência de erros que afetaram 15 mil consumidores.