A estrada Nacional 203, em Subportela, denominada de rua de Subportela, tem nesta freguesia uma extensão de cerca de 2 Km, sendo que, metade dessa extensão é uma reta.
Aparentemente, o facto de ser uma reta, tornaria esta estrada menos perigosa, mas talvez seja o contrário. Todos os anos debatemo-nos sobre o porquê desta estrada não estar mais sinalizada para proteger os peões. Todos os anos algum conhecido sofre por lá um acidente de menor ou maior gravidade, e sempre se espera uma intervenção de quem de direito, mas essa intervenção tarda em vir, e os acidentes continuam.
Foi no sábado, 27 de fevereiro, que voltamos a ter mais um episódio grave. Mesmo no início da dita reta, ali junto da entrada para a Rua da Igreja, capela de São Brás, que uma senhora foi colhida por um automóvel quando atravessava a estrada. A senhora, já sexagenária, foi transportada ao hospital pois, segundo um familiar, o acidente provocou a fratura de uma perna.
E volta a questão, pelo menos prometam agora para estas eleições, que irão resolver o assunto, sempre dá alguma esperança.
INCÊNDIO
A época de incêndios teve um início prematuro em Subportela. No dia 31 de março, próximo das 14h30, o que parecia uma simples queimada decorrente da limpeza de uns terrenos de mato alastrou aos terrenos vizinhos e só a pronta intervenção de bombeiros não perigou habitações próximas.
Registado no sítio da Anzoneira e Baixinha, servido pelo caminho de São Tiago, o fogo alastrou rapidamente pelos terrenos vizinhos queimando principalmente mato e área de pinhal. Foi prestado auxílio pelas corporações dos Bombeiros Municipais e Voluntários de Viana do Castelo, estando apoiados com dois veículos e também por um helicóptero dada a proximidade de algumas habitações.
A limpeza e manutenção de terrenos, obrigatória por lei, tem, em 2021 a previsão de conclusão de 15 de maio, antes 15 de março, prolongamento provocado pela ação climatérica dos meses de fevereiro, muito chuvoso, e também pelo estado de emergência provocado pela pandemia da Covid-19. São os proprietários, os arrendatários, usufrutuários que detenham terrenos junto a edifícios inseridos em espaços rurais, os primeiros responsáveis pela limpeza, mesmo que não sejam os proprietários das edificações. Entenda-se por limpeza de terrenos: Corte de ervas, arbustos, mato, entre outros materiais vegetais, numa faixa com largura não inferior a 50 metros em torno dos edifícios localizados em áreas rurais ou florestais;
• Corte de ramos das árvores até quatro metros acima do solo;
• Espaçamento de quatro metros entre árvores, 10 metros no caso de se tratar de pinheiros ou eucaliptos, por serem espécies de elevada inflamabilidade;
• Corte de árvores e arbustos a menos de cinco metros da edificação;
• Garantir que junto dos caminhos e estradas, proprietário não deixa ultrapassar material combustível. Cabe ao gestor da via de comunicação garantir a sua área limpa;
• O gestor de linhas elétricas deve garantir também uma faixa de sete a 10 metros de cada lado limpa, dependendo se for média ou alta tensão.
A limpeza de matas não significa eliminar toda a vegetação. Implica, para além disso, o respeito pelas espécies legalmente protegidas como o sobreiro ou a azinheira, entre outras. Caso os proprietários não tenham feito a limpeza dos seus terrenos dentro do prazo, devem ser as câmaras municipais a substituir os não cumpridores. Em caso de incumprimento as coimas variam entre os 280€ e os 120 mil euros.
ADAM
Não é só na área urbana que as queixas acerca do serviço da AdAM – Àguas do Alto Minho chegam. Em Subportela, as queixas também são algumas, juntando-se desta forma ao movimento que exige o retorno da gestão das águas aos Serviços Municipais.
São várias as queixas, que os conterrâneos de Subportela apresentam, desde números incompreensíveis nas faturas, que leva a querer que estão a pagar demais, ao pagamento por serviços não prestados, à pressão para a obrigatoriedade de colocação de água da rede pública. De salientar que muitas destas reclamações foram transmitidas por pessoas idosas, com parcas reformas, que não têm forma de ir de encontro das exigências desta nova administração/ADAM.
A notícia desta nova empresa, foi dada ao povo de Subportela, aquando da visita do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, a esta freguesia em março de 2017 para a sessão de apresentação dos investimentos nas redes de águas residuais e abastecimento de água no concelho.
O que parecia ser uma boa notícia para Subportela e para muitos habitantes do distrito de Viana do Castelo, parece não ser, uma vez que já são bastantes as reclamações apresentadas.