O complexo da antiga escola “Ancorensis”, em Vila Praia de Âncora, vai dar lugar a uma moderna ERPI – Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas, num investimento global de nove milhões de euros, que dentro de cerca de dois anos e logo numa fase inicial criará quatro dezenas de empregos. Trata-se de um investimento privado que responde às necessidades do mercado, com capacidade para atrair utentes nacionais e estrangeiros e potenciar o emprego e a economia local do concelho de Caminha.
O projeto foi apresentado ontem de manhã, no Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora. Este é mais um investimento privado essencial para o concelho, que se junta a outros em curso, e que comprova a dinâmica e a atratividade que o concelho hoje apresenta. Como sublinhou o Presidente da Câmara, a obra vai acontecer já a partir do mês de maio, cerca de cinco anos após a cooperativa que detinha a Ancorensis ter anunciado o despedimento coletivo. A partir daí, em diálogo, foi possível encontrar soluções, nomeadamente de emprego para os antigos trabalhadores e apoio em geral, mas também chegar até aqui, ao que será uma nova vida para o antigo estabelecimento de ensino.
Miguel Alves agradeceu aos empresários, uma empresa do concelho, Caminha Vilage, à equipa de arquitetos da Ventura Partners, mas também aos trabalhadores do Município de Caminha. Foram dois anos de trabalho e cooperação que permitiram chegar até aqui, a um projeto que está licenciado e que deverá estar concluído dentro de mais dois anos, ou seja, em 2023, numa altura particularmente importante, pós-pandemia, quando a economia se vai ressentir ainda mais e quando serão ainda mais necessárias mais respostas, mais investimento e mais emprego.
Miguel Alves destacou a pertinência do investimento, que responde a necessidades do mercado, uma vez que há cada vez mais idosos a necessitar de diferentes respostas. De realçar que a nova ERPI terá capacidade para 120 utentes, a que se somam mais três dezenas na valência de centro de dia, e outros 50 em regime de apoio domiciliário.
A ERPI disporá de quartos amplos, individuais e duplos, mas também de apartamentos de tipologia um, para pessoas que desejem beneficiar das valências coletivas, mas que tenham autonomia. Haverá ainda ginásio, biblioteca, espaços de lazer e outros. Na apresentação feita pelos arquitetos foi sublinhada a funcionalidade do complexo, que manterá genericamente a estrutura exterior atual, mas onde houve a preocupação de construir espaços verdes, potenciar o ar livre e as entradas diferenciadas para as diferentes valências e apartamentos.