Artista carrecense novamente em evidência

Devido à atividade que desenvolve na área das artes visuais e nas performativas, é digno de todo o apreço e merecedor da mais ampla divulgação do seu trabalho, não só pelo exemplo de boas práticas ambientais que emprega, mas como referência da qualidade das suas obras. Referimo-nos ao nosso conterrâneo Francisco Cruz, artista criador de “cabeçudos” em papel, recentemente convidado pela RTP1 a participar no programa televisivo “Aqui Portugal”, nos estúdios da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, e aí apresentar o projeto ARTEsanato em PAPEL.

Na tarde de sábado, 13 de março, o programa fez uma viagem de descoberta, partindo à aventura pela diversidade do que há de melhor no nosso país, em direto dos estúdios do Porto, para todo o mundo português, fez uma viagem pelo saber, pelo património, pelo artesanato, pela história, pela cultura, pelo turismo. No fundo, uma viagem pela realidade do ser português, pelas vozes e saberes de Portugal.

Os anfitriões do programa Hélder Reis, Joana Teles e Catarina Camacho, receberam como ninguém o nosso artista que se fez acompanhar do Grupo de Bombos de Fragoso, grupo esse que usa nas suas atuações cabeçudos da autoria do Francisco Cruz que foi entrevistado pela apresentadora Vanessa Oliveira sobre o projeto “ARTEsanato em PAPEL”!

Referiu que a matéria-prima que escolheu para trabalhar foi o papel, preferencialmente o papel velho que se torna novo, quer seja em folhas recicladas, quer seja em pasta moldável. Tudo transformado e criado por ele.

Na entrevista Francisco Cruz salienta que a reciclagem de papel é uma atividade interessante, pedagógica, ecológica, terapêutica, sustentável, ocupacional, criativa… sobretudo criativa. Associa à reciclagem, a reutilização de papel velho e cartões: jornais, revistas, fotocópias estragadas, caixotes… Diz que são resíduos comuns nas nossas casas, diariamente desperdiçados. É o reaproveitamento de resíduos e o uso dos mesmos para a produção de trabalhos ecologicamente corretos, num processo artesanal, pois as peças são feitas, uma a uma, manualmente. O artista alerta que reciclando e reutilizando os resíduos, diminuímos o choque ambiental da grande produção de lixo da nossa sociedade, tendo uma infinidade de possibilidades de criação de objetos e obras, já que são imensas as variedades e características dos materiais. Na sequência da entrevista diz que o projeto, reflete a sua maneira de estar na vida e muito particularmente os últimos 30 anos ligados ao Ensino na área da Expressão Plástica/Educação Visual e Educação Tecnológica. Uma “Política” a que alguém chamou dos três erres: Reduzir, Reutilizar, Reciclar…

A terminar a entrevista disse que se já antes de ser professor e pai era defensor destes princípios, com muita mais satisfação os tenta agora pôr em prática. Vê nos seus alunos, nos seus filhos e nas pessoas com quem partilha as suas experiências a este nível, possíveis continuadores desta maneira de estar no Planeta que nos acolhe diariamente e que tanta gente trata “menos bem”.

Depois da passagem do nosso artista pela RTP, possivelmente muitos dos nossos leitores interrogam-se, mas quem é o Francisco Cruz? Pois bem, em primeiro lugar temos o dever de dizer que é um carrecense, por opção é certo, mas integrado na comunidade como se tivesse nascido aqui. Nasceu em Viana do Castelo, em 1970, licenciado em Educação Visual pela Escola Superior de Educação do IPVC (1992), é atualmente professor na Escola E.B. 2, 3 Dr. Pedro Barbosa, na sua terra natal. Como professor de “Artes Visuais”, procura sempre que possível explorar com os seus alunos técnicas de reutilização/recuperação de materiais de desperdício, dando novos usos criativos aos vulgares resíduos. Atualmente, e em paralelo com a sua profissão, dedica-se à criação de Cabeçudos, segundo métodos e técnicas tradicionais, assim como de outras peças em pasta de papel, projeto a que chamou de “ARTEsanato em PAPEL”.

Francisco Cruz num passado recente esteve internado no hospital de Viana do Castelo, por doença, felizmente já se encontra recuperado. Não foi de Covid-19.

Como vemos está em plena atividade, pelo que nos congratulamos, assim como pela participação na RTP1 no programa “Aqui Portugal”, ficamos igualmente satisfeitos. Desejamos ao Francisco Cruz muita saúde e os maiores êxitos nas artes visuais e na criação de muitos cabeçudos.

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