A 44.ª edição do FITEI – Festival Internacional de Teatro da Expressão Ibérica vai passar pelos espaços do Teatro Nacional São João (TNSJ), de 04 a 09 de maio. Amarillo, encenado pelo mexicano Jorge A. Vargas, Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas, idealizado e criado por Joana Craveiro, e Artaud, dirigido pelo encenador argentino Sergio Boris, são as três propostas que vão estar em cena no palco do Teatro Carlos Alberto (TeCA) e na sala online do São João.
Produção mexicana expõe fragilidade das democracias
Dividido entre o México e os Estados Unidos da América, Amarillo chama a crise das democracias ao palco, numa reflexão crítica de uma crua realidade: “um muro é um muro”. A produção da companhia mexicana Línea de Sombra conta com encenação do mexicano Jorge A. Vargas e explora o sonhado El Dorado americano através do relato de uma voz feminina presa a um discurso imaginado de um homem ausente. Amarillo está disponível para visualização online (em tnsjonline.bol.pt), com legendas em português, entre as 21h00 de 4 de maio e as 21h00 de 6 de maio, mediante a aquisição de bilhete, cujo valor é de 2 euros.
Um museu de Joana Craveiro que não permite esquecer
Nos dias 7 e 8 de maio, às 15h00, Joana Craveiro, diretora artística do coletivo Teatro do Vestido, regressa ao TeCA com o emblemático Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas. Depois de ter sido apresentado pela primeira vez no São João, em 2015, o espetáculo-reconstituição volta para duas récitas, nas quais são compiladas sete palestras performativas sobre o Estado Novo, a Revolução dos Cravos e o PREC. Dirigido e protagonizado por Joana Craveiro, Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas apresenta-se ao público em cerca de cinco horas. O preço dos bilhetes é de 10 euros.
Artaud encerra passagem do FITEI pelos espaços da Casa
Construído a partir da correspondência entre o poeta e dramaturgo Antonin Artaud e o seu psiquiatra, a produção argentina Artaud, encenada por Sergio Boris, um dos protagonistas mais ativos do teatro argentino das últimas décadas, leva à sala virtual da Casa uma reflexão atual sobre a saúde mental. Baseado na ideia de um testemunho incómodo do mundo, Sergio Boris tira partido dos escritos e das ideias de Artaud para interrogar os limites da loucura e da liberdade. As respostas vão ser dadas em duas récitas, agendadas para 8 e 9 de maio, no palco online do São João. Após a aquisição do bilhete, a peça, legendada em português, fica disponível para visualização única, entre as 21h00 do dia 8 de maio e as 21h00 do dia 10 de maio. Cada bilhete tem um custo de dois euros.