As “águas russas” não nos largam

O tempo vai correndo e, infelizmente, nós com ele, e os atropelos vão-se sucedendo permanecendo sem as correções que se impõem, apesar dos permanentes alertas e protestos que aqui ou ali vão surgindo, quase sempre por iniciativa de simples cidadãos, pois parece que os responsáveis fazem ouvidos de mercador e os representantes dos munícipes nos órgãos autárquicos não estão para aí virados!

Vem isto a propósito das “águas russas” que os ribeiros que atravessam o sítio dos amiais transportam em resultado, por certo, da contínua descarga de efluentes das indústrias instaladas no Pólo Industrial sem que se providencie pelo respectivo tratamento prévio como é obrigatório!

Mas não nos fiquemos por esta poluição, pois ali, num outro ribeiro (na zona do Regueirinho) o cheiro é nauseabundo em resultado do lançamento dos efluentes vindos da estação de tratamento de esgotos (ETAR) da responsabilidade do Grupo Águas do Alto Minho, decerto porque os preços da água e das múltiplas taxas aplicadas não cobrem os custos da exploração (?), apesar de todos se queixarem dos preços exorbitantes praticados.

Parece-nos que se impõe mais cuidado e corrigir estas situações de atropelo e atentado à saúde pública e que a própria APA (Agência Portuguesa do Ambiente) deveria fiscalizar e impôr a regularização de tais situações, acção muito mais importante do que fiscalizar os trabalhos de quem se preocupa com a limpeza das diversas linhas de água e que, apesar desse contributo para o bem de todos, é muitas vezes importunado por fazê-lo sem um prévio pedido de autorização àquelas entidades!

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