“Trabalhamos juntos para sermos todos cada vez melhores”

Com apenas 23 anos, Iuri Leitão, natural de Santa Marta de Portuzelo, já conquistou vários títulos nacionais e internacionais. A mais recente distinção foi a de vice-campeão mundial de pista, há dias em França.

O atleta, que começou nas estradas da freguesia compete, agora, em grandes palcos nacionais e internacionais. O próximo desafio é representar a equipa Caja Roja e “fazer provas que nunca” fez, mas Iuri Leitão assegura que “vou encarar a nova temporada com o objetivo de tentar cumprir com as expectativas da equipa e tentar fazer o melhor lugar possível quando tiver essa oportunidade”.

No ano passado foste campeão da Europa e este ano conquistaste a prata nos mundiais. O que isto representa?
Representa muito para mim. Conseguir chegar a este nível é algo que sempre sonhei e estar a disputar provas com tanta importância deixa-me extremamente realizado e orgulhoso.
O título de vice-campeão do mundo de ciclismo de pista trouxe-te mais exigência?
A exigência continua igual e o rigor no processo de trabalho e de preparação também não mudou, mas esta medalha traz-me mais motivação para o futuro e para continuar a correr atrás de resultados desta relevância.

Qual o segredo do sucesso do ciclismo nacional na vertente de pista?
Acho que o maior segredo para o nosso sucesso e aquilo que mais nos diferencia das restantes seleções é o nosso espírito de equipa. Funcionamos como uma família e trabalhámos todos focados no mesmo objetivo. Motivamo-nos e trabalhamos juntos para sermos todos cada vez melhores. O grande responsável pelo grupo que temos hoje é o selecionador nacional, Gabriel Mendes, que fez de todos nós grandes amigos. Posso garantir que esse é um dos grandes motivos de eu ser hoje o ciclista que sou.

Como é o teu dia a dia para preparar a participação nas provas do Campeonato do Mundo?
O dia da competição é bastante tranquilo. Começo com um pequeno-almoço e depois gosto de fazer os últimos preparativos para a competição para garantir que tenho tudo aquilo que preciso. Entre 3h e 3h30 antes da prova faço aquele que é a refeição mais importante pré-competição contendo maioritariamente hidratos de carbono e alguns ovos ou cereais. Sempre refeições bastante simples para que sejam facilmente digeridas de modo a não ser um problema na hora da corrida. Gosto de estar na pista pelo menos 1h30 antes da competição para me vestir com tranquilidade e fazer o meu aquecimento. No final da prova, regresso ao hotel onde faço uma boa refeição para recuperar do esforço da corrida e sou massajado de forma a conseguir estar na melhor condição possível no dia seguinte.

Vais agora representar a equipa espanhola Caja Rural. Quais as expectativas?
Vou encarar uma nova aventura. Nova equipa, novo calendário e colegas novos. Vou fazer provas que nunca fiz e não sei exatamente como serão. Vou encarar a nova temporada com o objetivo de tentar cumprir com as expectativas da equipa e tentar fazer o melhor lugar possível quando tiver essa oportunidade.

Quais os próximos desafios?
De momento, estou prestes a competir na Liga dos Campeões de ciclismo de pista, uma prova inédita que promete ser um verdadeiro espetáculo onde estarão presentes grandes nomes do ciclismo mundial. Vai ser uma nova experiência e vou tentar desfrutar ao máximo desta prova.

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