Foi hoje dado a conhecer que São Bartolomeu dos Mártires é o padroeiro dos catequistas. A informação saiu da 201.ª Assembleia Plenária dos bispos portugueses.
“Sendo Bispo o ‘primeiro responsável da catequese na diocese”, a Comissão episcopal da educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) apresentou a proposta à Assembleia que a votou favoravelmente por unanimidade, revela o site Educris.
“A Assembleia aprovou a proposta de proclamar São Bartolomeu dos Mártires como padroeiro dos Catequistas”, lê-se no comunicado final da CEP.
Ao início da tarde D. António Moiteiro, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, afirmou que a “figura de São Bartolomeu dos Mártires, e a sua importância histórica, encontram paralelo na atualidade”.
“No tempo de Frei Bartolomeu existia uma grande ignorância religiosa, até em muitos pastores. São Bartolomeu é grande exemplo de evangelizador”, considerou.
O prelado recordou o santo português e destacou o seu papel na “formação, na catequese na pregação”.
“A catequese, como a temos nos últimos cinco séculos, é resultado de um trabalho fundamental do Concílio de Trento que reagiu, com formação do clero, a criação de seminários e a renovação da catequese, à ignorância da época e à reforma protestante”, reforça.
Para D. António Moiteiro a figura de Frei Bartolomeu dos Mártires é “exemplo de pastor e de catequista”.
“A Igreja portuguesa ganha muito ao apresentar este exemplo para os pastores e os catequistas de hoje”, sustenta.
Um ‘catequista nato’
Também o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, reagiu a esta declaração lembrando o papel de Frei Bartolomeu dos Mártires na “renovação da evangelização em Portugal” e a sua “atualidade para os nossos dias”.
“Vejo que o testemunho de santidade de Frei Bartolomeu dos Mártires, o modo como viveu e trabalhou, pode ser hoje muito útil à igreja. Foi um catequista nato que fazia visitas pastorais a todos os lugares, da sua grande diocese, e chegou mesmo a elaborar um catecismo que se antecipa ao próprio Concilio de Trento”, explicou em declarações ao EDUCRIS.
Num momento em que a Igreja aprova, também, o novo ‘Itinerário de Iniciação à Vida Cristã com as Famílias, as Crianças e com os Adolescentes’, D. Jorge Ortiga sustenta que o antigo Arcebispo de Braga é “referência modelo” para a aposta que se quer e deseja na formação dos agentes.
“Temos muito a ganhar aprendendo do seu exemplo, da sua dinâmica de modo que crianças e adultos possamos aprender com ele a trabalhar, de maneira mais consistente e responsável na tarefa da catequese”, concluiu.