Na segunda Assembleia Geral extraordinária para debater o assunto da constituição da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) uma “larga maioria” de sócios deu luz verde para a direção negociar o contrato com o investidor. A sessão aconteceu na noite de 10 de fevereiro, no salão nobre do edifício da antiga Associação Industrial do Minho e permitiu ainda tirar algumas dúvidas a alguns dos sócios presentes sobre o “negócio”. Com um total de 77 sócios presentes, 62 votaram a favor, nove absteram-se e seis votaram contra.
“Eu espero ficar satisfeito quando isto estiver em velocidade de cruzeiro e nós tivermos a sociedade constituída”, referia aos jornalistas, o presidente do clube no final da sessão. Rui Pedro Silva explicava que a constituição da SAD é uma das formas de cumprir o que a direção prometeu quando tomaram posse em 2015. “Neste momento, estamos a fazer o que nos comprometemos quando assumimos a direção do clube, em 2015, que foi tentar fazer a melhor gestão do clube, apresentar boas soluções e propostas. E uma coisa que para nós é importante é envolver os sócios no processo. E portanto, estamos a conseguir fazer”, assegurava o presidente.
Recorde-se que neste momento, há um investidor interessado na constituição da SAD. Trata-se do empresário luso-canadiano Gary Raulino e que escolheu a empresa Proplayer para assumir a intermediação. A intenção é a aquisição de 80% do capital social da SAD pelo valor de 300 mil euros, com 200 mil entregues no ato de constituição e os restantes em parcelas de 10 mil euros ao ano.
O presidente da Assembleia referia que a constituição da SAD é “o culminar de todo um processo de credibilização do clube, e por isso houve alguém interessado a querer apoiar o clube e tentarmos outros voos, que não apenas mantermo-nos no último escalão das divisões nacionais, sempre com o risco de descermos à distrital”.
Luís Louro dizia ainda que “isto é um processo modelar para a constituição de uma SAD. Queremos que as decisões sejam ponderadas, porque sabemos que somos nós que iremos decidir, mas o que decidirmos terá reflexos naqueles que vierem a seguir a nós. E nós temos de ter o máximo de cuidado para não deixar pedras no caminho para aqueles que vierem a seguir a nós”.
O presidente da direção do clube explicava, aos sócios, que com a concretização deste passo, o “clube vai deixar de ter a responsabilidade de gerir o futebol sénior” e as ambições passam pela subida à III Liga.
Após esta primeira votação, que permite a direção negociar o contrato definitivo, os sócios vão ser chamados novamente para a aprovação daquele. O presidente da Direção acredita que, no máximo, dentro de mês e meio o processo estará finalizado.