Depois de viver em locais tão diferentes, o ator Philippe Leroux escolheu Ponte de Lima para viver. Aqui encontrou “tranquilidade” e uma vila com “pessoas simpáticas e acolhedoras”.
Em busca de lugares mais calmos e sossegados para garantir uma vida melhor para o seu filho Theo, o ator desabafa: “saímos de Lisboa por causa do meu filho que não se estava a dar bem com a confusão da cidade e então procurámos um sítio mais calmo”.
A escola de Freixo, atual escola de Theo, foi um dos maiores motivos que os fez permanecer em Ponte de Lima, pois, para além de ser uma escola de referência é um local onde se sente bem recebido e acolhido por parte de todos.
O ator escolheu Ponte de Lima pela “qualidade de vida”, natureza, o que lhes permite ter um estilo de vida mais saudável, mas também pela tranquilidade e a beleza da vila. Para Philippe o único inconveniente é a falta de transportes públicos e a distância dos serviços. “Cada vez que tenho que ir a algum lado, ao supermercado, ao café, ao restaurante ou ir à escola tenho sempre que pegar no carro. E eu gosto de andar a pé, de passear…”, lamenta o ator.
Em conversa, na Casa da Terra, o ator falou do percurso profissional, para além da representação, em novelas e séries, Philippe escreve e encena peças. Um dos trabalhos que lhe deu mais visibilidade foi o projeto “Inspetor Max”. “As pessoas vêm ter comigo e dizem que cresceram a ver-me no ecrã e que faço parte da sua infância. Tenho os que já viram, os que ainda hoje veem ou pessoas que acompanharam a série. E é muito bom receber esse carinho e reconhecimento por parte do público”, conta o ator.
Para Philippe trabalhar dá-lhe imenso gosto e é muito feliz a fazer o que faz, contudo salienta que há trabalhos que marcam mais do que outros. De uma forma geral, o ator sente-se muito grato por todas as oportunidades que teve.
Neste momento está em ensaios para uma peça chamada “A noite”, de José Saramago, com a adaptação de Ricardo Simões para a 150.ª produção do Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana a estrear a 07 de abril de 2022, no Teatro Municipal Sá de Miranda.
Outro dos mais recentes projetos que pretende estrear no Minho é uma peça que escreveu e encenou baseada no conto de La Fontaine, “A Cigarra e a Formiga”.
“Onde se imagina daqui a cinco anos?”, foi com esta questão que terminamos a entrevista, e a sua resposta foi imperdível : “Eu sou uma pessoa com sorte. O que me deixa feliz é viver num lugar como Ponte de Lima, de forma tranquila com qualidade de vida, onde o meu filho possa ser feliz que é a coisa mais importante, e ir trabalhando e aproveitando as oportunidades que a vida me dá. Portanto sinto-me feliz, e é assim que me imagino daqui a cinco anos. No mesmo sítio a fazer exatamente o mesmo”.