Pescadores vianenses dispõem de uma nova lingueta de encalhe para embarcações artesanais

No dia 05 de abril, decorreu a inauguração da nova lingueta de encalhe para embarcações artesanais na presença do presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo. Este equipamento representa uma reivindicação por parte da Associação de Pescadores Ribeirinha de Viana, correspondendo a uma antiga aspiração dos homens do mar e foi concretizada com a intervenção da União de Freguesias de Viana do Castelo (Santa Maria Maior e Monserrate) e Meadela.

Esta obra representou um investimento municipal, na ordem dos 50 mil euros, permitindo ainda aquisição de dois novos carrinhos para encalhar embarcações para manutenção e resolução de avarias, um guincho elétrico para subir os barcos e a colocação de mais de 60 barrotes.

Para Luís Nobre, esta junção entre Município, União de Freguesias e Associação de Pescadores tem uma elevada importância de modo a corresponder aos problemas e dificuldades que os pescadores ultrapassam. “Vocês (pescadores) identificaram uma necessidade, a Junta fez chegar à Câmara e a Câmara assumiu a sua resolução. Tal como existiu um compromisso para concretizarmos o equipamento, agora também precisamos que vocês se comprometam, nomeadamente no que toca à organização do espaço, o que contribui para o respeito pela vossa atividade”, declarou o autarca, referindo que é necessário que o espaço esteja cuidado e apelativo para vianenses e turistas. 

O presidente reforçou a ideia que “a pesca é uma atividade extremamente exigente e terem em terra ainda dificuldades acrescidas para que possam dedicar-se à atividade é algo que não pode acontecer”.  

Sobre a necessidade de haver uma maior limpeza na área da lota do porto de pesca, Luís Nobre referiu que irá articular com a APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, entidade responsável pelo espaço, para “todos juntos, encontrarmos soluções que facilitem a atividade, de uma forma organizada”.  

O equipamento, agora inaugurado, vem facilitar o trabalho, melhorar as condições de segurança e o acesso a reparações de barcos de pequena dimensão. António Coimbra, presidente da Ribeirinha de Viana, conta que a nova lingueta “vem substituir as travessas antigas, que estavam muito desgastadas” e, neste momento, os pescadores aguardam pela instalação de água e eletricidade na zona, para que o equipamento possa entrar em funcionamento. 

Os pescadores agradecem o equipamento, e António Coimbra refere que “já podíamos ter mais sócios, mas alguns pescadores não se associam porque não têm onde encalhar os barcos”. Indicou ainda a necessidade de retirar as embarcações de pesca desportiva daquela zona e confessou o seu desagrado. “Estas plataformas foram construídas para embarcações de pesca artesanal, mas por cada barco de pesca artesanal estão aqui atracados oito ou nove de pesca desportiva ou lúdica”, considerou.

A União das Freguesias colaborou na implementação deste equipamento e Helena Brito, presidente da União, adianta que “sentimos que seria um benefício para a classe piscatória que, de facto, não tinha condições nenhumas para fazer reparação e manutenção nas embarcações, principalmente nas mais pequenas.”. Na inauguração, a presidente entregou oficialmente as chaves do guicho elétrico à associação.

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