SIMPLE MINDS, BLACK REBEL MOTORCYCLE CLUB, CLAWFINGER e os portugueses NON TALKERS, THE BLACK TEDDYS e THE MIRANDAS juntam-se aos PLACEBO, IGGY POP, BAUHAUS, SUEDE, THE LEGENDARY TIGERMAN, WOLFMOTHER, BATTLES, TARA PERDIDA e GARY NUMAN são os nomes anunciados para o Vilar de Mouros que inicia a 25 de agosto.
As seis bandas juntam-se aos PLACEBO, IGGY POP, BAUHAUS, SUEDE, WOLFMOTHER, GARY NUMAN, THE LEGENDARY TIGERMAN, BATTLES e TARA PERDIDA no recinto de sempre do mítico festival que celebrou, em agosto de 2021, os 50 anos da sua edição fundadora.
Ainda há bilhetes à venda para todos os que desejam juntar-se a esta grande festa, na companhia de alguns dos maiores artistas e bandas de que há memória, num desfile de verdadeiras lendas vivas da música. Os passes gerais e os bilhetes diários estão disponíveis pelo preço de 80€ e 40€ respetivamente e podem ser adquiridos nos locais habituais.
As últimas confirmações, hoje reveladas, para o dia 26 de agosto, convidam à celebração da imensa diversidade que cabe no universo pop-rock do EDP Vilar de Mouros 2022 e que transformam este dia numa espécie de menu de degustação do festival para quem apenas puder marcar presença num dos dias.
Os escoceses Simple Minds, liderados pelo seu vocalista de sempre Jim Kerr, começaram como uma banda punk e acabaram por cruzar fronteiras para a new wave, algum prog rock e muita pop, tornando-se num dos maiores fenómenos mundiais da música, primeiro com o seu hino “Don’t You (Forget (About Me)” e depois com o álbum de consagração “Once Upon a Time”. Já os Black Rebel Motorcycle Club apresentam o último álbum de originais “Wrong Creatures”, de 2018, o oitavo de uma discografia cujo disco de estreia homónimo colocou a banda no radar de todos os amantes de rock’n’roll.
A mistura única de metal e hip-hop dos suecos Clawfinger ficou plasmada nos seus dois opus, mundialmente aclamados pela crítica, em meados da década de 90: o álbum de estreia “Deaf Dumb Blind” e o seu sucessor “Use Your Brain” alcançaram inúmeros prémios, entre os quais dois Grammies, e levaram a banda a atuar nos maiores palcos do planeta.
A abrir o dia, em portugês, o duo pop-folk Non Talkers e os Tara Perdida, que voltam a actuar num recinto onde já foram muito felizes. Este espetáculo ganha contornos ainda mais emblemáticos pelo facto de marcar a celebração dos 25 anos de carreira da banda, incluindo a homenagem a João Ribas, vocalista histórico que faleceu em 2014.
No dia 25 de agosto, o concerto dos Placebo marca o regresso da banda de Brian Molko e Stefan Olsdal aos álbuns de originais e aos palcos portugueses para a celebração dos 20 anos de carreira. Êxitos como “Nancy Boy”, “Every You Every Me”, “Without You I’m Nothing”, “Taste in Men”, “Special K” ou “The Bitter End” fazem da atuação dos Placebo um dos momentos mais aguardados desta edição. Louvores semelhantes merecem os Suede. Canções como “Animal Nitrate”, “The Drowners”, “So Young”, “Trash”, “Beautiful Ones” e “Lazy” são marcos de uma carreira com oito trabalhos de originais repletos de melodias sedosas, obscuras e ambíguas para recordar no EDP Vilar de Mouros 2022.
O dia fica completo com as atuações dos portugueses The Black Teddys, dos nova iorquinos Battles e de um dos fundadores do synth-pop Gary Numan que influenciou inúmeros artistas com o seu rock eletrónico distópico, em permanente evolução desde o final dos anos 1970.
O encerramento do EDP Vilar de Mouros 2022, a 27 de agosto, que arranca com a atuação dos portugueses The Mirandas, será para sempre recordado como um dia histórico, ao juntar no mesmo palco Iggy Pop e os Bauhaus, na celebração do regresso do mais antigo festival da Península Ibérica, dois anos após uma paragem forçada provocada por uma pandemia. Apesar dos seus mais de 70 anos espera-se que Iggy Pop sacuda a plateia ao som de uma viagem desde os tempos dos The Stooges, passando pela icónica colaboração com David Bowie na então fervilhante Berlim Ocidental dos anos 70 e que deu origem a dois álbuns de culto – Lust For Life e The Idiot, ambos lançados em 1977 – ao Post Pop Depression (2016) que viria a marcar o regresso de Iggy aos trabalhos a solo, escudado por outro senhor do rock, Josh Home (Queens of The Stone Age).
Quanto aos Bauhaus de Peter Murphy, Daniel Ash, David J e Kevin Haskins anunciaram que voltariam a tocar ao vivo em 2019, depois de 13 anos de separação, e as águas agitaram-se de tal forma que a torrente chegou em força a Portugal. No concerto do EDP Vilar de Mouros espera-se não menos do que a catarse geral ao som de clássicos como Bela Lugosi’s Dead, God in an Alcove, Kick in the Eye ou She’s In Parties.
Igual presságio para as atuações de Wolfmother e The Legendary Tigerman. Se à banda de Andrew Stockdale, qual incorporação e reinvenção do hard rock clássico dos anos 70, reconhecemos o génio em malhas como Woman, vencedora de um Grammy em 2007, Joker and the Thief ou Love Train, a Paulo Furtado não faltam adjetivos para qualificar a relação de amor que este viajante do rock tem selado com o público português ao longo de décadas, à boleia de trabalhos prodigiosos como Naked Blues (2002), Masquerade (2006), Femina (2009), True (2014) ou o último Misfit (2018).