José Rodrigues de Carvalho, natural da freguesia de Lanheses foi, durante largos anos, emigrante tendo regressado e fixado residência definitiva na terra onde nasceu e cresceu, sita no Lugar do Barreiro, onde vive em permanência com a esposa e recebe a visita assídua da restante família.
Deixando para trás a atividade profissional, retomou a tradição familiar dedicando todo o seu tempo útil à pequena lavoura no logradouro que envolve a moradia, onde, além da variedade de árvores de fruto no espaço da frente da casa, semeia e planta múltiplas variedades de produtos hortículos no logradouro do lado posterior, como ervilhas de quebrar, feijões, milho, tomates, pimentos, melões, abóboras e gerimuns, melâncias, cabaças e, necessariamente, batatas das espécies corrente e doce, produtos estes que satisfazem as necessidades correntes da família e sobejam para obsequiar vizinhos e amigos próximos. Já cuidou de uma vinha que se estendia rente ao rego que borda a sua propriedade, cuja água recorre para regar as plantações, a qual eliminou porque a produção não compensava e o terreno livre permitia alargar o espaço para outras culturas.
Conheço, e somos amigos de longa data o Zé Carvalho, e, um destes dias, estando eu perto da sua moradia, fez questão que fosse dar uma olhada nas batatas doces que acabava de extrair da terra. Entrámos, e no espaço que se seguiu até ao local em vista, fui ouvindo e vendo o que o Zé descrevia, uma a uma, o estado das árvores de fruto, até que chegámos ao local onde, sobre a terra ainda revolta, estava um monte de batatas doces, entre elas algumas cuja aparência não se identificava minimamente com a espécie, quer no desenho ou excentricidade. Muitas pessoas que compram nas grandes superfícies conhecem o formato extravagante da generalidade da batata doce, mas, é pouco provável terem visto algumas com formas que configuram animais de diferentes espécies, seres irreais de difícil comparação, porque, por vontade e entendimento do produtor não reúnem condições para venda ao público e não estão nos expositores.
Em modo fotográfico, fica o registo da criatividade da Natureza.
Festa do Milheiral
A Festa do Milheiral que anualmente vem decorrendo no Parque Verde, em Lanheses, marcada este ano para os dias 03 e 04 do corrente mês de setembro, foi adiada pelos responsáveis da organização com fundamento na previsão de tempo desfavorável para a realização do evento, sendo adiada para o dia 25 do mês em curso.
A festa do milheiral tem vindo a decorrer sem interrupção desde que foi criada sob o patrocínio da Junta de Freguesia no mandato do prof. Ezequiel Vale, com exceção dos dois últimos anos, por força da pandemia de Covid-19.
Confia-se na boa vontade de S. Pedro para que queira ratificar a medida e o otimismo da organização.