Cimeira Ibérica realiza-se a 04 de novembro

No próximo dia 04 de novembro, Viana do Castelo vai ser palco da Cimeira Ibérica Portugal-Espanha. A iniciativa acontecerá no Centro Cultural.

A iniciativa tinha sido apontada para este mês, mas a imprensa espanhola aponta agora o dia 04 de novembro, segundo declarações do secretário geral do Eixo Atlântico.

Um dos temas na agenda será a ligação de alta velocidade entre Portugal e Espanha. Há dias, à agência Lusa, o secretário geral manifestava que “se Espanha quer o apoio de Portugal noutros temas, Portugal tem que ter o apoio de Espanha neste tema. Se calhar chegou a hora, também, de que Portugal não seja tão generoso e comece também a bater sobre a mesa”.

Xoan Mao apontou que “o governo português vai avançar com perto de 400 quilómetros que há entre Valença e Lisboa e o governo espanhol não avança com 40 quilómetros que há entre Vigo e Tui”.

“Ou é incapacidade ou é má vontade. Este assunto não tem nenhuma lógica”, considerou, frisando também o papel da “vontade política” e da orientação espanhola para o eixo mediterrânico, ao invés da faixa atlântica do seu território, até por “uma questão eleitoral”.

Xoan Mao referiu que “o Mediterrâneo tem mais desenvolvimento, tem mais população e portanto tem mais deputados, e em Espanha as três regiões do Mediterrâneo (Catalunha, Valência e Andaluzia) e Madrid são as que determinam sempre o resultado eleitoral”.

“Investem onde há mais deputados em jogo e como não investem na franja Atlântica, ou seja, na fronteira com Portugal e na Galiza, então logicamente as pessoas têm de migrar”, tornando-a “uma zona despovoada”.

Para o responsável do Eixo Atlântico, trata-se de “um problema estrutural, que não é de agora”, e “nitidamente” de uma questão de Coesão Territorial.

Xoan Mao rejeitou ainda que a falta de aprovação oficial do troço espanhol da ligação entre Vigo e o Porto, que compreende uma estação no aeroporto Francisco Sá Carneiro, esteja relacionado com um reforço da sua importância face aos aeroportos galegos.

“O Norte, para quatro milhões [de pessoas], tem um aeroporto, e a Galiza, para três milhões tem três aeroportos [Vigo, Santiago de Compostela e Corunha]. Os aeroportos galegos nunca vão ser competitivos em relação ao Sá Carneiro”, disse à Lusa.

Para Xoan Mao, “o [aeroporto] Sá Carneiro não tem culpa de funcionar melhor, de estar melhor servido e de ser um aeroporto único para todo o Norte e parte do Centro”, e a questão aeroportuária galega “é um problema dos próprios galegos” e da sua “dispersão”.

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