Coisas que eu não entendo

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Antero Sampaio

De férias em Vila Praia de Âncora, a Princesa do Rio Âncora, resolvi fazer praia, nos rochedos, a seguir ao Café Masseira e se, o local é aprazível e sossegado, o mesmo não posso dizer do péssimo estado dos acessos aos ditos rochedos. Sem escadórios, apenas uns simples carreiros indicam ao visitante o caminho para a água.E perguntei porquê? Foi-me respondido que aquele percurso dunar pertence ao “domínio marítimo”, todo-poderoso que não permite qualquer benefício naquela zona. Nem a Câmara Municipal de Caminha, nem a Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, podem fazer qualquer benfeitoria naquela zona rochosa.
Ora bem. Numa altura em que o concelho de Caminha luta com todas as suas forças para que as suas praias, com bandeira Azul, sejam valorizadas, proporcionando aos turistas e visitantes umas férias descansadas, numa altura em que os hoteleiros locais esperam maior afluência, ainda existem entidades governamentais que se julgam “donas”da parte norte da praia de V. P. A., não permitindo que ali, além duns banquitos em cimento, sejam colocados passadiços que permitam o rápido acesso aos rochedos. Não sei se a Capitania do Porto de Caminha é responsável por aquela situação ou se o Ministério do Ambiente tem alguma culpa. O que eu sei é que, se eu quiser fazer praia naquele sítio encantador, tenho que percorrer trilhos perigosos, carreiros estreitos, antes de me instalar na praia. Fazer turismo desta maneira, não. O que estão a fazer é ANTI-TURISMO. É por causa destas “quintinhas”, de alguns ministérios, o do Mar e do Ambiente, que o turismo nortenho é prejudicado. Louvo o esforço do Sr. Presidente da Câmara de Caminha, louvo o esforço do Sr. Presidente da Junta de Vila Praia de Âncora, para que esta Região seja uma BIARRITZ minhota. Mas com tantas burocracias, como jornalista, É COISA QUE EU NÃO ENTENDO.

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