Papa revolucionário

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Manuel Quintas

O Papa Francisco foi sempre um revolucionário igual a ele. E aqui vai a prova: Ajudava o encarregado das pocilgas a fazer a limpeza aos porcos

Cedeu o seu bilhete de identidade a um perseguido político parecido com ele que, fugindo com falsa identidade, escapou à morte.

Usava os transportes colectivos e não a viatura particular para as tarefas que estavam dentro do percurso dos colectivos.

Habitava uma casa modesta em vez da casa arquiepiscopal que lhe era devida, em Buenus Aires;

Reunia e rezava semanalmente, com o hotrtelão da casa que tinha religião diferente;

Confrontou publicamente dois dos seus chefes de estado, devido à publicação de leis contrárias à dignidade humana;

Vendo-lhe nos pés uns sapatos nada condizentes com a dignidade cardinalícia, uma família amiga ofereceu-lhe uns sapatos novos que não foram usados enquanto os usados não ficaram inúteis;

Desde o dia da sua eleição, ainda não parou de pedir que rezem por ele;

No dia da sua aparição em público, não deu a tradicional bênção apostólica urbi et orbi, mas as normais boas noites a todos os que se encontravam presentes na Praça de São Pedro;

Escolheu viver fora do paço papal do Vaticano nos simples aposentos da Casa de Santa Marta;

Convidou a Presidente da República Catarina Crisner para jantar com ele, limando assim arestas vividas em Buenus Aires;

Demitiu altas figuras do Vaticano devido a fundadas desconfianças de corrupção e não fez nenhum pedido de libertação a favor de um monsenhor detido pela polícia italiana;

Quando interrogado sobre o loby gay dentro do Vaticano, em tom de bom humor e sem fugir à questão, disse textualmente: «ainda não vi nenhum bilhete de identidade onde constasse a palavra gay. Mas, se

uma pessoa é gay e procura o Senhor, quem sou eu para o julgar? Faz mais barulho uma árvore que cai do que uma floresta que cresce».

Recomendou aos padres que estivessem perto do povo, enfrentando o cansaço e o desânimo com a oração, para responder às «exigências de Deus».

Recomendou aos bispos que praticassem o bom humor.ESTA TEM PIADA.

Na quinta feira santa, em vez de lavar os pés a doze padres, lavou os pés a presos da cadeia, sem discutir se eram baptizados ou não,se eram homens ou mulheres; aliás duas eram mesmo mulheres e uma delas até era muçulmana. Na história da Igreja, o Papa lavar os pés a mulheres, é caso único e verdadeiramente inédito. E foi o Papa que se deslocou à cadeia e não os presos à Basílica de São Pedro.

Com a segurança de um verdadeiro crente disse que«a Igreja nunca esteve tão bem como hoje. Ela não desaba, não cai, porque a santidade de tantas mulheres e homens é mais forte e bem maior do que os escândalos».

Com setenta e sete anos de idade, ele será capaz de fazer uma revolução? De certeza que não fará, porque sempre fez.

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