A reconversão da antiga praça de touros de Viana do Castelo em complexo desportivo deverá estar pronta em julho, de acordo com a proposta de trabalhos complementares, de mais de 169 mil euros, aprovada, há dias, pelo executivo municipal.
A proposta, segundo a Lusa, é do departamento de obras da autarquia e propõe a prorrogação do prazo de conclusão da empreitada para 30 de julho, justifica a medida com a necessidade de “realização de trabalhos complementares, resultantes de circunstâncias imprevistas”. O valor dos trabalhos complementares é de 169.845,96 euros. A proposta, apresentada pelo presidente da câmara, Luís Nobre, refere que os trabalhos a mais são justificados por situações que não estavam previstas, apontando, entre outros, “o aparecimento de fissuras na fachada do imóvel”.
O vereador do PSD, Eduardo Teixeira, considerou o valor dos trabalhos suplementares “elevado” e acrescentou que o partido “não pode concordar, nesta fase de dificuldade económica, com gastar mais 200 mil euros em trabalhos a mais”.
O vereador do CDS-PP, Hugo Meira, que , naquela reunião, substituiu Ilda Araújo Novo, disse “não entender a constante inclusão de trabalhos a mais e um aumento de custos” das empreitadas.
A reconversão da antiga praça de touros da capital do Alto Minho foi iniciada em março de 2021, por 3,7 milhões de euros.
O projeto visa a transformação da antiga arena, com uma área de 3.800 metros quadrados e cerca de 65 metros de diâmetro, em ‘campus’ desportivo.
A nova estrutura multifunções servirá o desporto e os jovens do concelho, apta para a prática de várias modalidades em simultâneo, como ginástica, esgrima, patinagem artística, hóquei em patins e basquetebol.
A futura Praça Viana será gerida pela Escola Desportiva de Viana (EDV), em regime de comodato, assinado entre a autarquia e a coletividade.
A reconversão da antiga praça de touros, desativada desde 2009, ano em que cidade se declarou anti-touradas, está integrada no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), candidatado a fundos comunitários do Portugal 2020.
A obra tem sido contestada, nos tribunais, pela Federação Portuguesa de Tauromaquia (Pro Toiro) para “obrigar” o município a responder “pelas ilegalidades na demolição da praça de touros”.