A iniciativa começou em Viana do Castelo e percorreu mais três distritos e teve como objetivo apresentar e agilizar a transferência de tecnologia e de conhecimento desenvolvidos no Instituto Politécnico de Viana do Castelo e no CiTin para o tecido produtivo.
De forma a agilizar a transferência de tecnologia e de conhecimento para o tecido produtivo, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e o Centro de Interface Tecnológico Industrial (CiTin), localizado em Arcos de Valdevez, organizaram quatro mostras tecnológicas, denominadas demodays, que decorreram nos distritos de Viana do Castelo, Beja, Bragança e Aveiro. Nas várias sessões, foram apresentadas oito tecnologias.
Os demodays decorreram entre maio e junho e envolveram 22 empresas e 11 investigadores. As tecnologias foram apresentadas em formato de “pitch” para um conjunto selecionado de empresas, numa organização que contou com o apoio dos Institutos Politécnicos de Beja e de Bragança e da Associação Empresarial de Águeda.
A mostra tecnológica inseriu-se no projeto PAT.tech – Potenciar, Aproximar e Transferir Tecnologia e Conhecimento Científico, financiado pelo Programa Compete 2020 e desenvolvido no âmbito de uma colaboração entre o Politécnico de Vina do Castelo e o CiTin. Através do PAT.tech foi já possível desenvolver um conjunto de atividades que permitiram facilitar os processos de transferência de tecnologia e de conhecimento científico para a sociedade e, em particular, para as empresas.
O vice-presidente do Politécnico de Viana do Castelo para a Investigação, Desenvolvimento, Inovação e Tecnologia, Luís Paulo Rodrigues destacou como aspetos mais positivos “a grande recetividade das empresas que participaram”, numa demonstração de “grande entusiasmo com os projetos apresentados e com o seu potencial de transição para o mercado”.
Ao longos das sessões, foram apresentados os seguintes projetos:
Wicla: veículo a três rodas a pedal com motricidade elétrica assistida;
Mobiis: app com recomendações de rotas inclusivas e universais, contemplando diversos públicos com mobilidade reduzida de forma temporária ou permanente;
AromaAntiOx: otimização de uma formulação de aroma de fumo com ingredientes bioativos, extraídos de córtex de pinheiro-bravo;
BrássicaPLUS: otimização da produção de farinhas de diferentes cultivos de brássicas a partir dos excedentes de produção;
Shatron Mute: sistema de surdinas para instrumentos musicais de sopro;
RFID-Portal: design e desenvolvimento de um sistema de identificação/sequenciação de produto(s), por via do uso de tecnologia rádio frequência (RF) e etiquetas de identificação físicas;
Ergo Safe: design e desenvolvimento de um Smartwatch para utilização em enquadramento profissional e industrial, por meio da integração de sensores de monitorização biomédica, sensores de radio frequência (RF) e uma aplicação para comunicação e sinalização;
PaceTech: protótipo de equipamento para auxílio à realização do teste PACER de avaliação da resistência aeróbia.
Investigação do IPVC em números: 10 Unidades de Investigação, 131 investigadores, 75 projetos em curso e 20 milhões de euros
Recorde-se que o Politécnico de Viana do Castelos tem-se destacado pelo investimento realizado ao nível da inovação e investigação. Conta atualmente com dez Unidades de Investigação, quatro delas sediadas no IPVC (CISAS, ProMetheus, AdiT-LAB e SPRINT) e seis em parceria com outras instituições (CIDESD, CIMO, CITUR, CIAUD, UNIAG e UICISA-E). Com 131 investigadores integrados nas Unidades de investigação, o Politécnico de Viana do castelo tem 75 projetos nacionais e internacionais em curso, correspondentes a mais de 20 milhões de euros em projetos cofinanciados.