“Estórias ao Lume” apresentam-se em Âncora

No dia 22 de julho, pelas 16H, o Mercado Municipal de Vila Praia de Âncora recebe a peça “Estórias ao Lume”.

“Estórias ao Lume” é um espetáculo com recurso ao teatro físico, à música e à máscara, apresentado em pleno espaço público, “ao trazermos o teatro para a rua, consideramo-lo uma forma de descentralizá-lo, levá-lo às mais distintas pessoas e lugares, humanizando-o, ao conectar ator e público e transformá-los numa coisa só. E nestes tempos em que tudo parece mais veloz e a rua mais perigosa, o teatro pode ser visto como um elemento que leva o espetador a sonhar e a refletir sobre a sua condição de sujeito histórico na sua freguesia”, afirma a diretora artística da Krisálida, Carla Magalhães.

Estórias ao Lume traz o galego Rafael Rey até Caminha enquanto encenador, construtor das máscaras e especialista em teatro físico, formado na escola internacional de teatro LASSAAD (Bélgica), para partilhar com a equipa da Krisálida “um projeto muito especial porque surge da necessidade de reivindicar a importância da narração oral, do teatro que se faz na rua e que deve ser acessível a todos e do elemento da máscara que nos acompanha desde o início da nossa jornada. É um espetáculo que nasce da procura de novas dramaturgias que nos façam conectar com a nossa tradição e o nosso folclore, com os elementos que ligam a cultura galega à portuguesa e que pretende aproximar as novas gerações do Teatro” afirma Rafael Rey, que é igualmente o diretor artístico da companhia de teatro Nauta, sediada em Santiago de Compostela.

O espetáculo traz ao palco dois cozinheiros, um menu, estórias fantásticas e personagens lendárias. “Não há maior ponto de encontro que a refeição, nem maior alimento que a Arte. Por isso, denominamos por cozinheiros de lendas aqueles que darão voz às nossas estórias”, conta-nos Rafael Rey.

A partir de romances da tradição oral inspirados em lendas do Alto Minho e Galiza, canções populares, e usos e costumes da região alto-minhota e galega, transpondo a tradição para a atualidade, a Companhia caminhense, com este espetáculo, questiona o lugar da História e a pertinência das lendas na sociedade atual. “Com todos estes ingredientes da atualidade e do passado: a rua, as máscaras, a mitologia galaico-portuguesa, apresentaremos um menu que acreditamos aguçará o apetite do espetador de hoje e que, ao mesmo tempo, será acessível a todos”, já que a entrada é livre. “É uma procura por respostas que advém da necessidade de nos reencontrarmos, em carne e osso, para partilhar inquietações e tentar compreender os fenómenos do nosso mundo” completa a Companhia.

A interpretação estará a cargo dos atores Gabriela Amaro e Ricardo Ribeiro, a criação musical de Filipe Miranda, a cenografia de Luís Canário Rocha, os figurinos são assinados por Pedro Morim, o desenho de luz por Rui Gonçalves, o design gráfico é da Helena Soares e da Sara Costa, a assistência ao movimento é feita por Raquel Garabal e Carlos Gallardo , elementos da Nauta e a encenação é de Rafael Rey, com assistência de encenação de Raquel Ribeiro, sendo a direção artística assumida por Carla Magalhães.

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