Quatro jovens vianenses, dos 33 aos 40 anos, decidiram unir forças e criar um coletivo para reutilizar resíduos que iam para aterro. O Gir Gir já esteve presente na Paris Design Week e teve “boas críticas” e “boa aceitação” do setor.
Ana Rita, Ângela Costa Leal, André Teoman e Filipe Meira fazem parte do projeto, que ainda não tem um ano, mas já tem uma coleção de produtos de luxo. Honey “é o resultado de uma parceria com uma fábrica no norte de Portugal que produz chapas de mármore em favo de mel para projetos de luxo. Ao utilizar o excedente da fábrica, que normalmente acabaria em aterros, Gir Gir demonstra o seu compromisso tanto com a sustentabilidade ecológica como económica, ao mesmo tempo que incorpora materiais de luxo em objetos do quotidiano”, referem.
Sustentabilidade e reutilização de materiais é o foco do coletivo composto por elementos com formação na área do design e do marketing. André Teoman defende que “unindo forças e valências penso que somos mais fortes. Nunca ninguém vai ser bom em tudo, por isso só unido forças se consegue apresentar algo mais consistente”.
Filipe Meira adianta que “a sustentabilidade é um dos pilares da Gir Gir” e argumenta que o mercado nórdico é um dos preferenciais.
André Teoman explica que as peças “não são caras”, mas para o cidadão nacional é “uma decisão difícil”. Nesse sentido, acredita que “se funcionar muito bem lá fora, aqui [Portugal] também resulta”.
Neste momento, contam com a parceria de uma empresa no parque empresarial de Neiva que tinha muito desperdício de mármore, mas no futuro a intenção é reaproveitar outros materiais. “Nós somos um coletivo que quer estabelecer parcerias com as indústrias. Nós queremos trabalhar as coleções e que tragam uma mensagem, mas também que se apresente como uma solução para a indústria”, salienta André Teoman.