Autarca de Viana do Castelo preocupado com situação na Saúde espera “serviços mínimos”

O presidente da Câmara de Viana do Castelo manifestou “preocupação” com eventuais constrangimentos na urgência do hospital local devido às escusas a horas extraordinárias dos médicos, esperando que possam existir “serviços mínimos” para garantir segurança às populações.

“Vejo a situação com preocupação. É um problema nacional, mas afeta também o Alto Minho. Acredito no diálogo. O desafio que deixo é um entendimento em prol do Serviço Nacional de Saúde [SNS], para que rapidamente se restabeleça e estabilize o SNS”, afirmou à Lusa Luís Nobre. 

O autarca disse ainda acreditar que os profissionais de saúde “vão garantir os serviços mínimos” enquanto se mantém o diálogo entre o ministério e os sindicatos.
“É fundamental um ambiente de segurança para os cidadãos e estou convicto que todos os profissionais de saúde vão garantir”, afirmou. 

Segundo os dados dos “Médicos em Luta” divulgados na quarta-feira, no serviço de Cirurgia Geral do hospital de Viana do Castelo 100% dos médicos pediram escusa a maior horas estraordinárias para além das 150 horas legalmente exigidas.

Em outubro, a urgência médico-cirúrgico da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), que integra os hospitais de Viana do Castelo e Ponte de Lima, esteve encerrada entre sexta-feira e domingo devido à recusa dos médicos em fazer mais do que as 150 horas extraordinárias definidas pela lei.

As negociações entre o Ministério da Saúde e os sindicatos médicos iniciaram-se em 2022, mas a falta de acordo tem agudizado a luta dos profissionais, com greves e declarações de escusa ao trabalho extraordinário além das 150 horas anuais obrigatórias, o que tem provocado constrangimentos e fecho de serviços de urgência em hospitais de todo o país.

Esta situação levou o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, a avisar que se os médicos não chegarem a acordo com o Governo, novembro poderá ser o pior mês em 44 anos de SNS.

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