A Direção Executiva do SNS (DE-SNS) divulgou o plano de reorganização das urgências, que indica que 36 pontos vão funcionar com limitações em algumas especialidades até sábado, 02 de dezembro. Em Viana do Castelo, o hospital terá dificuldades em pediatria no dia 02 de dezembro, enviando os doentes para Braga.
Já nos dias 01 e 02 e dezembro os constrangimentos serão em Cirurgia Geral, Medicina Interna e na Via Verde AVC. Os doentes serão enviados para o São João e para Braga. Este é o terceiro plano de reorganização das urgências desenhado pela DE-SNS, que é revisto semanalmente.
Já nos dias 17 e 19 deste mês, o serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia do hospital de Santa Luzia (ULSAM) esteve condicionado.Face a isso, o hospital da Póvoa de Varzim, juntamente com os de Famalicão e Guimarães, passou a integrar a lista de unidades que podem receber grávidas do distrito de Viana do Castelo.
Acordo com sindicato
Ainda não se sabe se esta situação nas urgências será alterada com o acordo que esta terça-feira, ao início da noite, o Governo anunciou com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), depois de vários meses de reuniões e negociações, ficando acordado um aumento salarial para os médicos a entrar em vigor já a partir de janeiro de 2024.
O acordo prevê um aumento salarial de 14,6% para os médicos em início de carreira, bem como um aumento de 12,9% para assistentes graduados e um aumento de 10,9% para assistentes graduados sénior.
Em comunicado, o Ministério da Saúde acrescentou ainda que “os cerca de 2000 médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar que transitam para as Unidades de Saúde Familiar modelo B no início de 2024 terão um aumento de cerca de 60% na sua remuneração”.
Os médicos dos cuidados de saúde primários e dos hospitais que queiram aderir ao regime de dedicação plena terão um aumento salarial, em janeiro de 2024, superior a 43%”, acrescenta ainda o Governo.
O Ministério da Saúde explica ainda que “o aumento salarial agora acordado vai aplicar-se a todos os médicos”, o que significa que também os profissionais que não pertencem ao SIM vão ver os seus ordenados aumentados na mesma ordem de grandeza.
Já a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) rompeu as negociações com o Governo, considerando que “é um mau acordo para os médicos e para o SNS”. Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, disse que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, se mostrou “inflexível” perante as propostas que apresentaram, garantindo que o ministro não terá querido debater outras reivindicações além das salariais.