Eu entendo os ambientalistas que lutam contras as construções das barragens. É verdade que uma barragem destrói o nosso meio ambiente no plano vegetal e animal, mas, infelizmente, chegamos ao ponto em que já não temos escolha.
Para salvar a vida na terra, vamos ter que prejudicar um pouco o meio ambiente. A água na terra é cada vez menos; e o nosso país, um dos mais antigos na Europa, também sofre desse problema. O clima mudou. Se antigamente tínhamos três ou quatros meses do ano com chuva, hoje teremos metade, e às vezes nem isso. Felizmente, este ano, em matéria de chuva, voltamos ao antigamente, mas, provavelmente, não deve ser para continuar (oxalá me engane). Depois, passamos o resto do ano sem chuva e, quando chegamos aos meses de julho e agosto, já estamos todos aflitos com falta desse precioso líquido.
Os anos vão correndo e os problemas de falta de água vão-se agravando, sem que tenhamos capacidade de armazenamento da pouca que cai do céu. Por isso, para sobrevivermos, vai ser de premente necessidade a construção de mais barragens no nosso país. Por mais pequenos que sejam os rios, com equilíbrio ambiental, eles terão que ser aproveitados para a construção de uma ou mais barragens, cujas albufeiras permitam armazenar a pouca chuva que cai e de que tanto necessitamos.
Presentemente, pode ter custos significativos na economia do Pais, mas as vantagens do futuro tudo compensarão. Não temos escolha, nem mais tempo a perder. Os cientistas, não equacionando desta forma o problema, adiando-o para mais tarde, estão, em meu entender, a ver mal a questão. A falta de água é uma realidade de hoje, que põe em causa o amanhã.
Edgar Silva