A nossa vida é como um livro…

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António Pimenta de Castro

A vida humana é semelhante a um livro, com um prefácio, vários capítulos, um posfácio e ainda, várias notas de rodapé…foi a esta conclusão a que cheguei, após estes longos meses de confinamento, devido ao coronavírus e a outros acontecimentos que a vida me tem ensinado.

Nos últimos tempos, tenho ido mais à minha querida Viana do Castelo, por causa da doença e falecimento da minha querida madrinha, prima carnal e amiga, Maria Leonor de Abreu Pimenta de Castro (casada com o militar Francisco Lopes Vide de Matos-Chaves), ocorrida no dia 20 de maio, deste ano. Esta minha madrinha, prima e amiga, era para mim, uma grande referência da minha família Pimenta de Castro, de Viana do Castelo e do Alto Minho. Paz à sua alma.

Como ia dizendo, uma vida humana é, para mim, como um livro, senão vejamos: Todos temos um “Prefácio”, em que, não sendo escrito pelo autor do livro, é “escrito”, pelos nossos pais, pela nossa família, pelos nossos amigos e pelas circunstâncias em que nascemos.

Aqui explicam-se muitos dos contextos que nos antecederam e “envolveram” a nossa vinda a este “mundo”. Depois começam os “Capítulos”, do “nosso livro”: Primeiro “Capítulo” a nossa infância, em que ainda pouco decidimos sobre o início da nossa vida. Nasci em 20 de outubro de 1953, na vila de Arcos de Valdevez, mas vim para Viana do Castelo com poucos dias da minha vida.

Na “Princesa do Lima”, tive os meus primeiros amigos, andei no Colégio do Minho e, como tivéssemos mudado de casa, na “escola primária” do Carmo, onde tive o privilégio de ter tido um excelente professor, o Sr. Professor David.

Segundo “Capítulo”, circunstâncias da vida, levaram-me a ir viver para Braga. Na “Bracara Augusta” fiz muitos e bons amigos e frequentei o Colégio D. Diogo de Sousa e o Liceu Sá de Miranda. Andava eu aqui a concluir os estudos ministrados nesta escola quando se deu o 25 de Abril, tempo do qual tenho muitas, mas mesmo muitas recordações, boas e más…
Começa aqui um terceiro “Capítulo”, quando fui para Lisboa, frequentar a Faculdade de Direito (a única que funcionou naquele tempo dos “serviços cívicos”). Confesso que não gostei muito desta Faculdade, naqueles conturbados tempos…e, uma terrível doença da minha querida mãe (um forte enfarte cardíaco), trouxeram-me para a cidade do Porto, para estar mais perto dela, onde frequentei e conclui a minha licenciatura em História, na respetiva Faculdade de Letras, onde conheci a minha futura mulher, transmontana de Mogadouro.

Começa aqui o meu quarto “Capítulo”, como professor de História do terceiro ciclo e ensino secundário. Neste “capítulo”, percorri (como numa peregrinação…), como professor, as seguintes escolas: Sendim (concelho de Miranda do Douro); Beja (cidade); Sertã (distrito de Castelo Branco) e finalmente, por muitos e bons anos, a escola Secundária de Torre de Moncorvo (distrito de Bragança), hoje Agrupamento de Escolas, Dr. Ramiro Salgado.

Começando o meu atual e quinto “Capítulo”, a lutar pela minha merecida reforma quero, logo que a consiga, dedicar-me inteiramente ao que eu mais gosto: ler e, sobretudo, escrever. Escrever sobre a minha terra, a minha família e sobre temas de História…ou seja iniciar um novo e sexto “Capítulo”, que espero seja muito longo…

Quanto aos outros “possíveis” “Capítulos”, nada posso acrescentar, pois não depende de mim…Tenho muitas “notas de rodapé”, muitos sonhos a realizar e, quem sabe, concretizarei esse merecido e gostoso Sonho…

Quanto ao sétimo e último “Capítulo” (o posfácio), não sei quem o irá fazer…espero sinceramente que seja um amigo!

A vida é assim, como um livro, cheio de “Capítulos”, a mim, resta-me “virar” um novo capítulo da minha vida…Assim Deus me ajude!

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