A Câmara Municipal de Caminha tem vindo a fazer uma forte aposta na defesa da sua população e a saúde é uma das áreas prioritárias. O Programa Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE) enquadra-se neste esforço e, a partir de agora, estão disponíveis cinco equipamentos no concelho, devidamente certificados e licenciados. Entretanto foi dada formação a vários agentes e são agora cerca de 70 as pessoas habilitadas a manusear estes desfibrilhadores, que não raras vezes fazem a diferença entre a vida e a morte, sobretudo em casos de paragem cardiorrespiratória.
“Proteger a nossa população é sempre o nosso maior foco. Por isso, a partir de agora, a Câmara Municipal de Caminha tem certificados cinco postos de DAE, licenciados do INEM e que vão ter a parceria não só das corporações de bombeiros voluntários de Caminha e Vila Praia de Âncora, mas também da Guarda Nacional Republicana e da Capitania do Porto de Caminha, assim como dos vários agentes do território que participaram na formação e que estão também hoje aptos a socorrerem a nossa população”, explicou o presidente da Câmara, Rui Lages, na apresentação dos equipamentos DAE. Especificou que foi dada formação a mais de três dezenas de pessoas da nossa comunidade e são neste momento 68 as pessoas habilitadas a usar estes equipamentos em caso de situação de emergência.
Os cinco equipamentos estão localizados estrategicamente, nas freguesias de Caminha e de Vila Praia de Âncora. Em Caminha, estão disponíveis três postos: junto ao Mercado Municipal, próximo do Pavilhão Municipal, que serve também a Escola Secundária de Caminha, e nas instalações do Estádio Municipal Morber.
Em Vila Praia de Âncora, os equipamentos DAE estão instalados na Rua Cândido dos Reis e junto às Piscinas Municipais, no contexto também da Escola Secundária, do Pavilhão Municipal e das Piscinas Municipais.
Rui Lages recordou que a paragem cardiorrespiratória é a principal causa de mortalidade nos países desenvolvidos e que, em Portugal, estima-se que ocorram cerca de 10 mil casos todos os anos, quase sempre de forma súbita, inesperada e fora dos ambientes hospitalares.
“Quase sempre, a única forma eficaz para salvar a pessoa é a desfibrilhação elétrica, ou seja, o choque, como fator importante para amentar o tempo entre o momento em que ocorre o episódio crítico de colapso da vítima e o início das manobras de suporte básico de vida pelos técnicos habilitados”, diz Rui Lages.
Na definição do SNS, a paragem cardiorrespiratória (PCR) é um acontecimento repentino e consiste na interrupção ou falência súbita das funções cardíaca e respiratória. Em consequência a pessoa: fica inconsciente, não responde, não respira ou não respira normalmente.
Já os objetivos do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa, segundo o INEM, é precisamente a promoção da melhoria da sobrevida das vítimas de morte súbita de etiologia cardíaca. “O objetivo principal do programa é garantir o reforço da cadeia de sobrevivência, entendida como o conjunto de ações sequenciais realizadas de forma integrada por diferentes intervenientes, com vista a garantir a máxima probabilidade de sobrevivência a uma vítima de paragem cardiorrespiratória. Este reforço é garantido ao difundir a capacidade de desfibrilhação em viaturas de emergência tripuladas por não médicos e em programas de DAE implementados em locais de acesso ao público, tornando-a efetivamente mais precoce”.