Inauguração: 6 de setembro (6ªfeira), às 18h00, na Casa-Museu Teixeira Lopes/Galerias Diogo de Macedo
Promovida pela Câmara Municipal de Gaia, em parceria com a Fundação Bienal de Arte de Cerveira, a exposição “Jaime Isidoro e Vila Nova de Gaia: 50 anos depois dos I Encontros Internacionais de Arte” pretende celebrar o legado daquele que é conhecido como o “pai” das Bienais Internacionais de Arte de Cerveira. Com curadoria de Helena Mendes Pereira e Daniel Isidoro, a mostra inaugura esta sexta-feira, às 18h00, na Casa-Museu Teixeira Lopes/Galerias Diogo de Macedo, em Vila Nova de Gaia.
A exposição “Jaime Isidoro e Vila Nova de Gaia: 50 anos depois dos I Encontros Internacionais de Arte” visa dar a conhecer, através de documentação de obras de arte que eternizam os criadores e os lugares, a relação de Jaime Isidoro (1924-2009), como importante dinamizador, colecionador e artista da história contemporânea portuguesa, com Vila Nova de Gaia, consubstanciada na atividade que desenvolveu, a partir de 1964, na “Casa da Carruagem”, propriedade que adquiriu na praia de Valadares.
No Verão de 1974, foi em Valadares que se realizaram os I Encontros Internacionais de Arte de 1974, respondendo a uma necessidade de se pensarem novas tendências e vanguardas artísticas de que o país estava distante, na consequência do seu quase meio século de clausura e servidão. Os Encontros Internacionais de Arte – que passaram depois por Viana do Castelo, Póvoa do Varzim e pelas Caldas da Rainha – culminaram em Vila Nova de Cerveira, em 1978, dando origem à I Bienal Internacional de Arte de Cerveira (BIAC).
“Mas mais do que 46 anos de existência, a Bienal Internacional de Arte de Cerveira, detém um passado histórico, que queremos recordar e que se inscreve na nossa memória coletiva graças a Jaime Isidoro. Esta iniciativa em Vila Nova de Gaia, que desde já saudamos, associa-se a um programa de celebrações do centenário do nascimento de Jaime Isidoro que promovemos, que resultaram na produção de um documentário e uma exposição na Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira, no âmbito da XXIII BIAC”, explica o Presidente da FBAC, Rui Teixeira.
Segundo a cocuradora da exposição, Helena Mendes Pereira, “além de reforçar a figura de Jaime Isidoro como central na História da Arte portuguesa, esta mostra reposiciona o Norte do país como epicentro da introdução e difusão das vanguardas artísticas da segunda metade do século XX, obrigando-nos a uma visão menos centralista dos factos e, por isso, mais justa para a construção do presente e do futuro”.
A construção desta história faz-se de muitas estórias contidas no precioso arquivo e na coleção da Galeria Alvarez, que desbravámos, procurando selecionar material gráfico, fotografias, vídeos, recortes de jornais e obras de arte que fornecessem uma visão global do que foi a atividade na “Casa da Carruagem”, muito marcada pelos encontros entre artistas, críticos, poetas e outros homens de letras que ousaram discutir as vanguardas, experimentar processos, permitindo-se à relação com o mar e a envolvente.