Câmara reabilita caminho destruído pelas cheias de 2023

A reabilitação do Caminho do Regueiro, em Lanhelas, está a decorrer a bom ritmo, ultrapassadas que foram, com sucesso, as fases mais complexas que antecederam a intervenção no terreno, envolvendo diversas entidades, públicas e privadas. A empreitada, com prazo de duração previsto de cerca de cinco meses, e um investimento próximo dos 300 mil euros, já está bastante adiantada e o presidente da Câmara, Rui Lages, esteve esta semana em Lanhelas, para uma visita técnica de acompanhamento, com diversos responsáveis envolvidos na intervenção.

O temporal que marcou o primeiro dia do ano, em 2023, colocou Lanhelas nos noticiários pelas piores razões. As fortes chuvadas, que tudo arrastaram à sua passagem, causaram estragos de elevada monta em todo o concelho, sendo Lanhelas uma das freguesias mais afetadas. Na altura, houve uma intervenção imediata, para salvaguardar as populações e assegurar a sua mobilidade, dentro do possível; realizaram-se limpezas e arranjos múltiplos. A intervenção de fundo teve de ser preparada, sabia-se que seria complexa, mas é já uma realidade.

A reabilitação do Caminho do Regueiro – Lanhelas, tem um valor de 281 619,14 € + IVA, e um prazo de execução previsto de 150 dias, como dissemos atrás. “Esta é uma empreitada pela qual todos ansiávamos”, afirma o Presidente da Câmara, explicando que foi necessário ultrapassar várias fases: “tivemos de obter pareceres da Agência do Ambiente, entrar em negociações com proprietários privados, articular com a Junta de Freguesia e entidades gestoras de diversas infraestruturas que passam neste arruamento. Mas, o que importa, é que agora temos a obra no terreno, a ser executada, e que vem tornar o território de Lanhelas mais resiliente. Nem sempre é fácil alavancar este tipo de obras, com caraterísticas tão específicas e tão complexas”.

Rui Lages deixou ainda uma palavra especial à população: “agradeço a todos a paciência e sobretudo a generosidade dos moradores, dos Lanhelenses e da Junta de Freguesia. Dentro em breve, teremos mais esta obra pronta”.

O Caminho do Regueiro, como referimos, foi fustigado pela forte intempérie que assolou o norte de Portugal no dia 1 de janeiro de 2023. Foi, reconhecidamente, um acontecimento anormal, que provocou graves danos no arruamento, devido fundamentalmente à ocorrência da forte precipitação, num período de tempo muito curto, o que originou a degradação de redes de drenagem e respetivos pavimentos, e o galgamento e inundação dos espaços públicos e privados, que originaram a inutilização de grande parte deles. Neste contexto, foram prontamente desenvolvidas diversas diligências junto das entidades governamentais respetivas, nomeadamente com a Ministra da Coesão territorial, CCDR-N e da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, que se deslocaram ao local, tendo esta última dado orientações técnicas, que serviram de base à intervenção que está a decorrer.

Nesta conjuntura, e mediante as orientações recolhidas junto dos representantes da APA, a proposta de intervenção no Caminho do Regueiro, atualmente em execução, passa pela implementação de um canal de drenagem ao longo de todo o arruamento, que possibilite a saída das águas afluentes em caso de preenchimento total da respetiva secção, evitando desta forma a entrada em pressão da mesma e a sua consequente degradação, conforme sucedeu no supracitado fenómeno meteorológico.

Assim, a empreitada inclui a implementação de um canal em betão pré-fabricado, com sensivelmente 1m de largura e 1m de profundidade, em betão pré-fabricado. Está dotado de caixas de visita com tampas em grelha perfurada, permitindo assim o escoamento de águas superficiais que possam existir no arruamento contiguo, bem como a saída das mesmas no caso de entrada em pressão do respetivo canal de drenagem.

A sua instalação é efetuada sensivelmente na mesma localização da tubagem danificada no topo nascente do arruamento, bem como no mesmo local onde atualmente existe uma tubagem de drenagem, no topo poente do arruamento, até ao ponto de descarga existente no final do mesmo.

Espera-se também, desta forma, resolver um problema de escoamento existente no final do Caminho do Regueiro, onde confluem quatro arruamentos e respetivas águas pluviais, nomeadamente Caminho do Regueiro, Caminho da Ramalhosa, Rua António Cancela e Caminho Entre Muros.

A intervenção contempla também a pavimentação de todo o arruamento do Caminho do Regueiro até ao rego existente no topo poente, em cubo de granito, incluindo o levantamento da calçada e camada de fundação ainda existente e execução de nova camada de fundação e aplicação do novo pavimento. No topo do Caminho do Regueiro, designadamente na Rua da Fonte da Rajada, serão também repostos diversos elementos da escada em alvenaria de pedra, que foram arrastados pelas águas superficiais, no acesso desta à Rua João da Costa e Silva.

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