Navio-museu Gil Eannes já foi rebocado para os estaleiros navais

O navio-museu Gil Eannes começou esta manhã, por volta das 7h a ser rebocado para os Estaleiros Navais da West Sea. Chegou pouco depois das 8h30. A intervenção de manutenção do casco deverá durar três semanas e tem orçamento estimado entre os 100 e os 150 mil euros.

 João Lomba da Costa, da Fundação Gil Eannes, disse à Lusa, que o investimento vai ser suportado pelas receitas geradas com as visitas ao navio-museu e destacou que “muito trabalho é ‘pro bono’”, disponibilizado pelos parceiros da fundação.

O comandante Lomba da Costa adiantou que é a terceira intervenção no navio, desde 1997, “vai incidir na limpeza, manutenção e pintura do casco, dos mastros e de outras áreas que não podem ser intervencionadas na doca comercial”.

“Os estaleiros têm meios de elevação para a realização dos trabalhos difíceis que exigem regras de segurança muito apertadas e o local ideal é nos estaleiros onde foi construído”, especificou.

A operação de manutenção, realizada de 10 em 10 anos, pretende responder “às exigências legais, em termos de certificados, entre outros de segurança”.

“Depois a Autoridade Marítima Nacional (AMN) fará a inspeção para emitir novos certificados”, apontou.

A 15.ª construção dos extintos ENVC “começou em dezembro de 1952, a flutuação em março de 1995 e a entrega ao armador no dia 03 de maio, tendo um custo de 32.768 contos, mais 8.322 contos do que o montante que constava do contrato inicial”.

Em 1955, quando integrou a frota bacalhoeira, prestava assistência a 70 navios e a cerca de 4.900 homens.

O regresso do Gil Eannes à capital do Alto Minho aconteceu a 31 de janeiro de 1997 e abriu portas como navio-museu, gerido pela fundação, de iniciativa municipal, em agosto de 1998.

As visitas ao navio consistem na passagem pela ponte de comando, cozinhas, padaria ou pela casa das máquinas, mas também pelo consultório médico, sala de tratamentos, gabinetes de radiologia e bloco operatório.

A bordo existe ainda um simulador que permite navegar, virtualmente, a saída da barra de Viana do Castelo.

O navio está ainda dotado de um percurso museológico e interpretativo sobre a cultura marítima de Viana do Castelo e de um Centro de Documentação Marítima.

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