Cerca de 300 pessoas protestaram contra o encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos, em Darque. A manifestação, organizada pela CDU, contou com a presença não só de pessoas de Darque, mas também das outras freguesias da margem esquerda do Lima, afetadas pelo fecho da agência do banco público.
Gritando as palavras de ordem “queremos a Caixa” e “vamos a Lisboa”, os manifestantes apoiaram a posição da CDU que considera que “o balcão de Darque tem um papel fulcral na descentralização dos serviços públicos, correspondendo também aos anseios e necessidades das populações afetadas, que serão forçadas a deslocar-se à cidade, com todos os transtornos e perdas de tempo que isso implicará nas suas vidas”. A CDU opõe-se “frontalmente a este encerramento e irá fazer tudo o que estiver ao seu alcance para denunciar e tentar travar mais esta injustiça”, fazendo chegar a sua posição à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleia da República.
Entretanto a deputada do CDS-PP Ilda Novo questionou o ministro das Finanças sobre o encerramento da agência e os deputados do PS enviaram uma carta à Administração da CGD declarando “a sua solidariedade com as reivindicações das populações, das empresas e das autarquias afectadas”. Por sua vez a Câmara Municipal de Viana do Castelo pondera encerrar a sua atividade financeira com a CGD, no caso de se concretizar o encerramento do balcão de Darque.
Também Luís Ceia, presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo, considera que a decisão “é um erro estratégico que revela profundo desconhecimento da região” face à existência de 180 empresas nas freguesias da margem esquerda abrangidas pelo encerramento. “A evidência deste equívoco traduz-se no anacronismo de encerrar uma agência que está inserida numa das zonas mais desfavorecidas, infoexcluídas e envelhecidas da cidade de Viana do Castelo”, explica, a AEVC, em comunicado.
