Todos os anos acontece. E de cada vez se apresenta com mais vida, em dinamismo e em gente nova. É o encontro de gerações do GEA, que junta as gentes que ao longo de 50 anos souberam transportar de Areosa para o mundo as danças e os cantares que em tempos idos foram prática neste torrão Alto-minhoto. E, neste encontro, se o passado marca presença, a comparência está, efetivamente, nas novas gerações, como a querer dizer: estamo-vos gratos por nos passarem o testemunho, desejando de todo honrar o vosso legado.
Se em qualquer organização que já conte mais de meio século de existência há iniciativas marcantes, esta de juntar por um dia inteiro novos e menos novos para confraternizar e estabelecer projetos atinge sem dúvida a excelência. É assim que se alicerça um edifício já de si sólido, mas que não dispensa novas argamassas, já que se quer perdurável, para a divulgação do muito que se foi descobrindo, e que há ainda para patentear, sobre práticas de antanho. É também isto que muito contribui para que, em contexto amplo, se pratique e mostre o que é o verdadeiro serviço de utilidade pública, que, infelizmente, de forma grotesca, muitas entidades públicas teimam em distorcer.
E porque há vontade de continuar a ser útil à terra que se representa e honrar as gentes que souberam no passado edificar alegre e responsavelmente o futuro, também estes encontros servem para estabelecer novos projetos e mostrar o resultado de propostas anteriormente feitas. Foi assim que foram apresentadas novas variantes musicais, envolvendo gente bem díspar na idade, mas com sintonia perfeita. Só assim o novo está permanentemente a ser renovado.
Parabéns GEA pelo excelente serviço prestado ao longo de mais de meio século às causas da investigação e da promoção dos usos e costumes dos areosenses e do Alto Minho em geral, sempre vigoroso e apostado no estabelecimento de novas fronteiras com o mundo em geral. Foi bonito este encontro de gerações realizado no passado dia 15 de julho.
GFM