Vai a moçoila ourada com rigor
No Cortejo da sua Mordomia,
Exibindo chieira e alegria
E sorrindo aos deuses do Amor,
Quando os assistentes, em clamor,
Na expressão de apreço e euforia,
Aplaudem a Mordoma d’Agonia
Com abrasado e lídimo fervor!
É então que o Manel, soltando a alma,
Com ardor que ali ninguém acalma,
E em grito de indizível alegria,
Clamou, então, beijando a moça linda:
“Este Manel tem a ventura infinda
De fazer minha rainha esta Maria!”
Euclides Rios
N R – As nossas desculpas ao seu autor, nosso simpático amigo e colaborador, pelo “fora d’horas” de que vem afectado este belo soneto. Serve, no entanto, para lembrar as desoras em que ocorreu o Cortejo da Mordomia deste ano, tradicionalmente pela parte da manhã do primeiro dia de festas.