Um sinal de trânsito proibido no Beco do Vilarinho impede a utilização de oito lugares de garagem. O sinal está colocado há 20 anos e a garagem foi licenciada “há cinco, seis anos”. O caso foi trazido por um munícipe, que prefere manter o anonimato na reunião de câmara de 11 de outubro, que criticou também o facto de estar há 55 dias a aguardar a marcação de uma reunião com o vereador Luís Nobre.
“O sinal que este munícipe se refere tem mais de duas décadas de colocação. A única alteração foi que o mesmo foi substituído há pouco tempo”, referia, no final aos jornalistas, o vereador Luís Nobre. Adiantando que existem várias regras de circulação no centro, contudo, os moradores ou outros utilizadores têm exceções. “Existem regras no Centro Histórico que depois têm um conjunto de gestão e permissão, nomeadamente aos moradores que através de cartão ou autorização podem aceder, independentemente da sinalização, mesmo quando são intercetados pela polícia de Segurança Pública. Neste caso em concreto não se percebe muito bem”. O morador reconhecia que não tinha pedido qualquer autorização, porque “não há regime de exceção. Como há exceção, se há trânsito proibido”, dizia.
Luís Nobre manifestava “toda a vontade e disponibilidade” para reunir com o munícipe e segundo o próprio “quebrar este gelo por uma coisa que ainda não consegui perceber”.
O morador, que é arrendatário de um lugar de garagem no Beco do Vilarinho não entende porque foi licenciada uma garagem “há cinco, seis anos numa rua onde o trânsito é proibido”. Mesmo para aceder à rua de ligação o trânsito também é apenas autorizado para cargas e descargas e em horário definido.
“O que pretendo é que altere o ordenamento de trânsito. Naquele sinal tem de colocar a informação exceto moradores. Toda a gente usa a garagem, mas sujeitamo-nos a que a polícia nos multe. Já houve um morador que enviou uma carta à câmara e nunca obteve respostas. Eu há dois meses pedi uma reunião com o vereador, que nem sequer agendou”, sublinhava o morador.