O ainda presidente da Entidade de Turismo Porto e Norte de Portugal ficou em prisão preventiva. a medida foi hoje decretada pelo Tribunal de instrução Criminal (TIC) do Porto. Os outros quatro arguidos do processo “Éter” ficaram com proibição de contactos e um de exercer funções.
Isabel Castro, diretora operacional do Turismo do Porto e Norte de Portugal, ficou suspensa de funções e proibida de contactos. Gabriela Escobar, jurista daquela entidade, ficou sujeita a proibição de contactos.
Já os dois outros arguidos, que são empresários ficaram com proibição de contactos e obrigados a pagamento de cauções. Manuela Couto, administradora da W Global Communication (antiga Mediana), ficou proibida de contactos e obrigada a pagar uma caução económica de 40 mil euros. José Agostinho, da firma Tomi World, de Viseu, ficou sujeito a proibição de contacto e uma caução económica de 50 mil euros.
Na sexta-feira, dia 19 de outubro, iniciaram-se no TIC do Porto os interrogatórios que se prolongaram até segunda-feira.
Os alegados arguidos foram detidas pela Polícia Judiciária (PJ) na quinta-feira passada, na sequência da operação Éter, que incluiu buscas em entidades públicas e sedes de empresas.
Em causa estarão alegados ajustes diretos realizados nos últimos dois a três anos que ultrapassam um total de cinco milhões de euros. Fonte policial avançou, a vários órgãos de comunicação social, que os ajustes diretos eram concedidos por valores muito acima do mercado e, por vezes, sem que o serviço fosse prestado.
Segundo a PJ, a investigação centrada no Turismo do Porto e Norte “determinou a existência de um esquema generalizado, mediante a atuação concertada de quadros dirigentes, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto”.
Alegadamente estão em causa crimes de corrupção, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influências, recebimento indevido de vantagem e participação económica em negócio em procedimentos de contratação pública no Norte do país.
Durante a operação policial foram realizadas 11 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, nas regiões de Porto, Gaia, Matosinhos, Lamego, Viseu e Viana do Castelo, e estiveram envolvidos 50 elementos da PJ, incluindo inspetores e peritos informáticos, financeiros e contabilísticos.
Foto: Dinheiro Vivo