A proximidade e o convívio deveriam ser práticas regularíssimas dos povos. Teríamos então sociedades mais harmonizadas, livres de conflitos e com padrões de urbanidade superiores. Paradoxalmente, com a evolução intelectual do mundo, a tendência é para rotinas de ensimesmamento e afastamento das pessoas entre si, diminuição do exercício da tertúlia e mais absorção do tempo com a atividade profissional, numa exigência que mal se compreende.
Dado o avanço das tecnologias e dos processos de fabricos, o trabalho é cada vez mais escasso e gerador de situações de temor, especialmente entre as novas gerações, quando, inevitavelmente, o progresso deveria reverter a favor de uma melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e de comunidades conciliadas, usufruindo de bem-estar social. Contudo, parece que a vida teima em funcionar de forma invertida.
É perante estes absurdos das ditas sociedades avançadas, que devemos teimar em não abdicar das antigas práticas da boa vivência e do estímulo da camaradagem, em suma, da fruição autêntica dos tempos livres, numa apreciação equilibrada das vivências quotidianas. Deve ser este o caminho da vida. Nisto têm apostado os antigos alunos do Curso de Serralheiros Mecânicos da Escola Industrial e Comercial de Viana do Castelo. No sábado passado, dia 17, na Quinta da Presa, houve de novo almoço, longo e sentido, como se deseja numa boa confraternização, teimando em contrariar os tempos em moda, cada vez mais mecanizados e de coração menos aberto. Conviver regularmente, e sempre, é o caminho. Venha o próximo. GFM