Naqueles tempos longínquos da minha meninice tenho na minha memória recordações, onde os natais eram vividos intensamente. Era uma noite mágica, de sonho e o desejo deixava-me expectante. O cheiro das rabanadas, a lareira calorenta, onde morava o carinho, o amor, a fraternidade, a paz e o respeito.
A ceia, feita em potes de três pernas, era composta por batatas, o bacalhau e a couve (galega). Esta era colhida na horta tenrinha pelo gelo das manhãs que as cobria. O azeite era escolhido com sabedoria, pois tinha que ser o melhor.
Hoje, os tempos são outros, parece que o mundo anda louco, perderam-se os valores da família, a tradição deu lugar à fantasia e ao faustoso. Vive-se, num frenesim e despreza-se o melhor que a vida tem.
Recordamos os nossos emigrantes, espalhados pelo mundo, as saudades que os tortura, longe da família, os sacrifícios que passam para ter um amanhã menos duro e mais risonho, numa luta titânica para vencer os obstáculos, a todos os níveis.
Queridos amigos emigrantes, a retaguarda pensa em vós e desejamo-vos a maior sorte.
A mensagem visa e engloba a comunidade geral de Dem, emigrantes, e população e todos aqueles amantes da serenidade, da paz e que amam os valores da família. Vamos celebrar este acontecimento Biblíco.
Para todos, faço votos que passem um Santo e Feliz Natal e um Próspero Ano Novo de 2019.