À conversa com Laurinda Figueiras

Laurinda Figueiras começou por abordar a Festa de Natal, que a Ronda Típica realizou no dia 30 de novembro, reatando uma tradição que a pandemia tinha cancelado, na qual, sem que disso tivesse conhecimento, foi alvo de uma bonita e sentida homenagem por parte dos elementos da Ronda Típica a que chama de “Família Rondina” em reconhecimento pelos 40 anos em que é diretora da Ronda Típica, fundada pelo seu pai José Figueiras, em 24 de julho de 1960. Nessa homenagem foi presenteada com algumas lembranças que muito a sensibilizaram.

Laurinda Figueiras destacou uma representação teatral, realizada pelos elementos da Ronda, centrada nos fundadores da Ronda e um jogral que incluiu declamação de poesia de José Figueiras, pela Matilde e Ingrid; sendo igualmente de registar um apontamento de homenagem a Nicolau Veríssimo, falecido há um ano e que foi vice-presidente da Assembleia Geral da Ronda Típica.

Quisemos saber do andamento do projeto da criação de um museu de alfaias agrícolas, cuja intenção foi manifestada aquando das comemorações dos 40 anos da fundação do Centro Social e Cultural da Meadela, ocorrida no final de 2021, tendo-nos referido que essa pretensão já foi manifestada à autarquia, que se mostrou recetiva à ideia, explicando que nesse futuro museu seriam expostas alfaias agrícolas que a Ronda Típica possui e outras que lhe estão prometidas. Laurinda Figueiras manifestou o desejo de que o museu ficasse na área geográfica da Meadela, pois constituiria uma memória de uma Meadela rural que a urbanidade apagou.

Falou-nos ainda de mais um ano, em que devido à pandemia foram canceladas as tradicionais “Janeiras da Ronda”, uma tradição reatada há anos atrás pela Ronda Típica, que percorriam a freguesia e visitavam algumas instituições e culminava com o “Encontro de Janeiras” em que participavam grupos de várias regiões do país, num espetáculo que tinha lugar no Salão de Festas do Centro Paroquial da Meadela e que voltará logo que a pandemia o permita.

Laurinda Figueiras é também a presidente do Centro Social e Cultural da Meadela, Instituição de Solidariedade Social, fundado em 1981, pelo entusiasta e empreendedor Nicolau Veríssimo, seu presidente, falecido a 29 de novembro de 2020, com as valências de Centro de Dia, Jardim de Infância, Creche «Alcofa» e Casa do Povo.

O Pavilhão Desportivo da Meadela foi construído por aquela Instituição e recentemente passou para a gestão da Câmara Municipal, com contrapartida económica para o Centro Cultural e passou a chamar-se “Pavilhão Nicolau Veríssimo” em homenagem póstuma da Câmara Municipal. 

Refira-se que o Centro Social é também proprietário da Capela da Senhora da Penha e anexos, que adquiriu aos seus proprietários, para a qual, como nos informou, ainda não existe um projeto definitivo, mas apenas um plano de intenções que passaria por criar um Museu com Biblioteca e sala de exposições, entre outras valências.

Laurinda Figueiras falou da intenção do Centro Social e Cultural em reconverter a Casa do Povo, existindo a intenção de ali ser criado um lar para idosos, que é tão necessário para a Meadela e que era um sonho acalentado por Nicolau Veríssimo, enquanto presidente do Centro Social e Cultural.

No entanto, este projeto só poderá começar a ser uma realidade, após a conclusão da Nova Unidade de Saúde Familiar da Meadela, cuja construção se iniciou há dias. Atualmente a Extensão de Saúde funciona na Casa do Povo.  

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