A Volta a Portugal é isto mesmo: organização quase perfeita e grande participação popular; mas, em especial, esforço denodado, emoção, entusiasmo, alegria, e tantas vezes tristeza, especialmente para aqueles que sucumbem ao esforço mal programado ou às indisposições acidentais na chegada à meta. A nossa velhinha Volta a Portugal faz-nos falta, especialmente àqueles que, já não sendo novos, se habituaram a admirar e a bater palmas a Alves Barbosa, Ribeiro da Silva, Joaquim Agostinho, Jorge Corvo, Fernando Mandes, Marco Chagas, Venceslau Fernandes, Vitor Gamito e tantos outros que a memória não recorda. Mas a Volta também é um grande evento de carácter económico-financeiro. Envolve meios poderosos, patrocínios avultados, comunicação social e publicidade farta que ajuda a fazer a festa e envolve as pessoas na festa. Este ano, a convite da Rubis, que agradecemos, estivemos em lugar privilegiado a ver e a sentir a emoção da chegada dos ciclistas ao alto do monte de Santa Luzia. Sentimos de facto este evento ciclístico e o sentimento que os portugueses lhe devotam. E esta abordagem nos bastidores da Volta também é jornalismo.
G.F.