A nossa Freguesia nas Festas da Senhora d`Agonia

As limitações impostas pelas entidades competentes, no que à saúde diz respeito, obrigou ao cancelamento, real, de todas as iniciativas que pudessem criar condições para ajuntamento de pessoas, salientando, de entre elas, as festividades tão tradicionais do nosso concelho. A tristeza de todos os vilafranquesnses por não poderem realizar e viver a sua festa maior – a Festa das Rosas –, sendo vianenses e amantes das tradições, aumentou com a não realização das festas Nossa Senhora d’Agonia.

A Associação Cultural e Recreativa de Vila Franca, tendo participado ativamente nas anteriores organizações daquela que é considerada a maior romaria de Portugal, não podia, nem queria, alhear-se das iniciativas que, com o grande contributo das novas tecnologias, a VianaFestas entendeu realizar em 2020.

Em todas se verificou uma grande amor à cidade e uma enorme devoção para com a Senhora d’Agonia, bem como a nostalgia vivida pela esmagadora maioria dos vianenses. Foi assim que a Associação Cultural e Recreativa e o Rancho Folclórico das Lavradeiras de Vila Franca, depois de colaborarem na realização do vídeo “Stand Up”, elaborado pela Academia Arte em Movimento, aceitaram o convite da Associação de Grupos Folclóricos do Alto Minho, para participar no programa festivo.

Com este intuito, organizaram e fizeram deslocar a Viana do Castelo um cesto florido das Festa das Rosas, aquilo que têm de mais emblemático e que todos os bons vilafranquenses se envaidecem. Desta forma, no dia 22, sábado, pelas 10 horas, a tocata do Rancho Folclórico desceu o Passeio das Mordomas da Romaria, até à Praça da República, anunciando a presença de Vila Franca na Festa da Senhora d’Agonia.

Um pouco atrás desfilou o cesto florido, o ex-libris de Vila Franca, recolhendo aplausos de todos com quem se cruzava. A acompanhar, algumas jovens do rancho folclórico presenteavam os apreciadores deste pequeno desfile com rosas vermelhas, não fosse Vila Franca a “Terra da Flor”. Organizado com a devida consideração e salvaguarda da saúde pública, a que temos e nos devemos sentir obrigados, e contando com todos os elementos trajados a rigor. Este desfile, imbuído de uma enorme simbologia, foi pequeno, muito pequeno, face ao que seria normal e desejável.

Não tivemos, como de costume, dezenas e dezenas de milhar de pessoas a assistir e a aplaudir as tradições da nossa terra, mas houve uma forma diferente, um sentimento profundo, de viver a festa. Depois da participação do grupo musical “The Oafs” no vídeo que abriu, oficialmente, o programa festivo, onde se tocou e cantou “Havemos de ir a Viana”, pudemos assistir a uma feliz colaboração da Associação Cultural e Recreativa de Vila Franca e do Rancho Folclórico.

Foi só um cesto florido, é verdade, mas foi a posição de uma freguesia que, num momento de tristeza, não podia deixar passar em claro este marco tão importante na vida de todos os vianenses e, muito particularmente, dos pescadores. Foi a forma metafórica de associar a Festa das Rosas à Festa de Nossa Senhora d’Agonia. Foi “a força de um povo dentro de um cesto de Rosas”.

Vila Franca muito bem representada nas festividades do presente ano.

RETOMA DE ATIVIDADES DESPORTIVAS
Paulatinamente, vamos vendo algumas atividades a tentar voltar ao normal. Ouvimos, frequentemente, dizer que a economia não pode parar, o que é uma verdade, e por isso, temos que encontrar formas de lidar com esta situação, de maneira responsável. Neste sentido, é com satisfação que verificamos a intensificação dos treinos dos nossos atletas das áreas do ciclismo, atletismo, remo, futebol e outras de menor impacto local. Algumas provas avizinham-se e é necessário estar preparado para as enfrentar. Que os resultados sejam do agrado de todos e de cada um, são os nossos desejos.

FESTA DAS ROSAS
A Comissão responsável pela realização da Festa das Rosas em 2021 não pára. Depois do churrasco, fornecido em sistema Take – Away, eis que surgiu, no passado dia 16 de agosto, uma rica feijoada, tipo transmontana, designada como “Feijoada das Rosas”. E assim, com a ajuda de todos, uma ajuda que até nem custa muito porque a feijoada estava bem apetitosa, a Comissão de Festas vai preparando as condições para melhor fazer face aos encargos que se avizinham. Dentro das possibilidades de cada um, todos devemos colaborar até porque todos seremos poucos para levar Vila Franca ao lugar que ela merece.

ESTRUTURA RESIDENCIAL PARA PESSOAS IDOSAS
Tem sido sobejamente abordado o sentido de responsabilidade, mais de uns que de outros, sobre a atual situação de saúde do planeta. Não nos atrevemos a dizer “felizmente” Vila Franca não foi muito afetada porque, um só caso de morte que fosse, seria razão mais do que suficiente para a não aplicação do termo.

Pela sua vulnerabilidade e dependência, os idosos devem-nos merecer uma atenção especial. Proporcionar-lhes uma alimentação adequada, uma medicação assertiva, uma atenção e uma higiene que salvaguarde o seu amor-próprio e a sua auto estima, juntamente com atividades que contribuam para um envelhecimento digno e com qualidade, não podem ser opções, mas sim condições a que nos devemos sentir obrigados já que, em grande parte, é a eles que devemos o que somos.

É justo reconhecer que, até à data, com muito receio de uns e um pouco mais de despreocupação de outros, na generalidade, a população de Vila Franca encarou esta fase pandémica de forma responsável. Neste particular, devemos uma palavra de especial apreço a todos os que dirigem ou trabalham na Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas, vulgo lar de idosos, Casa Nossa Senhora do Rosário, na nossa terra, que tudo fizeram e conseguiram, evitar que este demoníaco vírus entrasse nas instalações e afetasse os utentes desta unidade. Uma palavra de apreço, também, para o serviço de apoio domiciliário que nunca se furtou à responsabilidade para com todos os que estavam e estão, aos seus cuidados.

Um bem-haja a todos e que nunca lhes falte a força e a coragem para cumprir e fazer cumprir, tudo o que for para bem dos seus utentes.

ÓBITO
No passado dia 03, com 83 anos de idade, faleceu Armando Manso Cerqueira Azevedo, residente que foi no Caminho do Calvário. Era viúvo de Maria Alice Ribas Gonçalves Azevedo, tinha uma filha, uma neta e um bisneto. Após as exéquias fúnebres o corpo de Armando Azevedo seguiu para o cemitério onde foi depositado em sepultura da família.
À família enlutada apresentamos as nossas mais sentidas condolências.

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