Esta alma livre e solta que trazemos,
Que vive, mesmo quando se entristece,
Floresce de quimeras… que cantámos
E s´esconde entre palavras, se esmorece.
A aura, discreta e frágil, em que cabemos,
Irradia, mesmo quando escurece.
É fonte clara e pura, onde bebemos,
Sem a alma que temos, desfalece.
Alma d´inquietude, de vãs (???) percepções,
Por que lhe sobra sentimentos e sentidos
Que fluem pelas veias mais secretas.
Delírios subtis… ais… exaltações…
Ousar sentir anseios desmedidos…
Alma assim é que faz nascer poetas.
Sara Mota
(Imagem: “Revista ESTANTE – Fnac”)