A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho abriu um concurso público internacional, pelo valor base de mais de 21,6 milhões de euros, para o serviço público de transporte de passageiros, durante quatro anos.
Em comunicado, a CIM do Alto Minho, com sede em Ponte de Lima, adiantou que a prestação de serviços agora lançada a concurso público “prevê uma oferta ao nível da rede com uma produção de 2.641.613 quilómetros anuais, para um contrato de três anos, com opção de extensão por mais um, com um preço base de 21.661.226,60 euros”.
O procedimento é lançado por um “agrupamento de entidades adjudicantes, constituído pelos municípios de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, que permitirá obter o desejado efeito de escala através de uma rede, num único lote”.
Segundo a CIM, a abertura do concurso público internacional para seleção de operador para o serviço público de transporte de passageiros do Alto Minho, tem um prazo de 34 dias para a apresentação de propostas, tendo já sido publicado em Diário da República (DR) e no Jornal Oficial da União Europeia.
“Este contrato de primeira geração, para além do objetivo principal de promover um serviço público de transporte de passageiros de qualidade e integrado à escala do Alto Minho, foi preparado também para a obtenção de informação de base da procura, habilitando as autoridades de transportes do Alto Minho de um conhecimento mais profundo das dinâmicas ao nível do transporte público rodoviário de passageiros, estabelecendo bases mais sólidas para que um futuro contrato venha a ser moldado à realidade a partir dos dados obtidos”, explica a nota.
Aqueles dados, adianta a CIM, darão “a confiança necessária para o lançamento, nessa fase, de uma contratualização por um período mais longo que permita apostar, fortemente, na melhoria da qualidade da frota e consequentes benefícios ao nível do conforto dos passageiros, com um melhor desempenho ambiental”.
A CIM do Alto Minho destaca a acessibilidade às áreas de acolhimento empresarial, ao porto de mar de Viana do Castelo e a outros polos geradores de procura, através da adaptação/criação de circuitos e frequências.
O novo serviço tem “ainda uma preocupação geral na integração dos horários entre carreiras de diferentes níveis de serviço (municipal, intermunicipal e inter-regional), assim como com os horários da ferrovia”.
Uma das “principais vantagens desta prestação de serviços” é a “flexibilidade”, uma vez que prevê que “no decurso da operação sejam efetuados reajustamentos à rede ao nível da extensão e frequências dos circuitos (carreiras), procurando promover a atratividade do transporte público, bem como ajustar as necessidades de procura à oferta de serviço”.
Lusa