“Angústias” reeditado mais de um século depois

“Mais de 120 anos” separam a publicação do livro de João da Rocha da edição crítica de Manuel Curado, com ilustrações de Patrícia Ferreira. A publicação foi apresentada na manhã do último sábado, na Sala Couto Viana, da Biblioteca Municipal, cujo arranjo gráfico foi de Manuel Brázio.

O autor da edição crítica expressava que “nunca tinha sido feita uma edição crítica da obra de João da Rocha”. Manuel Curado referia que João da Rocha, no livro, “imagina o confronto das pessoas com a morte como um beijo”. E traz à reflexão “temas como a vontade, o destino, o remorso, a atração do desejo e o ponto final da vida de cada um”.

Manuel Curado informava da existência de uma edição em 1901, contudo falava de “alguns lapsos”, dos textos escritos durante a década anterior e publicados em diferentes locais. A edição crítica de 2021 é “apenas uma interpretação da obra de João da Rocha, mas é uma interpretação da verdade de João da Rocha”.

A ilustradora falava da dificuldade inicial de atribuir uma imagem à “angústia”. No entanto, como a palavra estava no plural foi “mais fácil, porque terá várias caras”.

O texto “Na terra” apresentou à artista plástica “as várias caras de angústias”, que acompanham os diferentes capítulos da obra.

Joaquim Gonçalves lamentava que o país e Viana não tenham prestado “a devida homenagem” a João da Rocha.

O autarca vianense salientava que, desafiado pelo diretor da Biblioteca Municipal, o concelho dedicou o ano de 2021 a evocar João da Rocha. “A Câmara Municipal tem obrigação de relembrar este ilustre vianense”. Adiantando: “que a nível nacional lhe seja feita justiça”. José Maria Costa sublinhava que “através desta edição crítica, iremos enriquecer culturalmente o nosso conhecimento sobre o escritor”.

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