O primeiro-ministro veio ao Alto Minho para conversar com os empresários locais, contudo a comunicação social não teve autorização para assistir ao debate, apenas a uma intervenção inicial. A iniciativa da Associação de Desenvolvimento Social (SEDES) juntou autarcas e alguns empresários do distrito de Viana no hotel Feel Viana.
O presidente da SEDES manifestava que “estão aqui grandes empresários da região”. Álvaro Beleza dizia que “se todos os empresários fossem, como a Helena [Painhas e presidente da delegação distrital da SEDES], nós conseguíamos duplicar o PIB em 10/20 anos”.
Helena Painhas salientava a “honra” de receber o primeiro-ministro no início do ciclo de debates da delegação de Viana, que foi conhecida no final de setembro. “Com esta série de debates a SEDES de Viana mostra o seu contributo para tornar um Portugal mais próspero e mais sustentável”, referia a presidente da delegação. Acrescentando que “não era possível duplicar o PIB sem a intervenção de todos os empresários do Alto Minho. É fundamental o vosso contributo para esta ambição pública da SEDES”.
“É importante estar aqui a partilhar esta ambição que todos temos de que a riqueza nacional, com o Produto Interno Bruto (PIB), possa crescer de forma sustentável para que o país seja mais próspero”, dizia António Costa. O primeiro-ministro traçou um cenário “muito positivo” do país. “Entre 2001 e 2015 o país nunca cresceu acima dos 2%. Só uma vez em 2007. Esteve cinco anos em recessão económica (2003/2007/ 2009/2011 e 2012)”, contava o líder socialista. António Costa frisava ainda que “desde 2016 a realidade é diferente. Só não crescemos, acima da média da União Europeia, no PIB de 2020” e “todas as previsões indicam que cresceremos também este ano”. Acrescentando que “crescemos muito acima dos 2%”.
António Costa disse-se “surpreendido” com os dados divulgados pela AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) que, “com toda a incerteza” aponta no primeiro semestre de 2022 o “maior nível de investimento empresarial de que há registo”. O primeiro-ministro fala que “no primeiro semestre batemos recorde de concretizações de investimento empresarial”.
António Costa falava ainda que Portugal vai ter um “seguro de vida” para o próximo ano. “Vamos ter, em 2023, um seguro de vida relativamente ao aumento do preço extraordinário das energias com as incertezas que existem (…) Aquilo que quero dizer com seguro é que mesmo que o preço do gás duplique durante o próximo ano, o aumento do preço não será superior a 13%. Isto é o seguro que nós temos. Se não duplicar pode mesmo diminuir. Se duplicar, será 13%”, afirmou o primeiro-ministro.