António Viana apresenta “A falar de São Mamede”

De novo sala cheia para ouvir o autor. E há razões para tal. António Viana goza da admiração dos seus conterrâneos, não só pela condição de cidadão urbano e dedicado que é, mas também pela sua preocupação em divulgar todo o seu vasto conhecimento, resultante de estudo e investigação a que se dedica devotadamente. No sábado passado, dia 10, a sala principal da sede do Etnográfico de Areosa quase se manifestou exígua para tanta gente que fez questão, mais uma vez, de estar presente no lançamento de mais um dos seus livros, desta vez, “A falar de São Mamede – mosaicos”.

Trata-se da sua quinta obra em curto espaço de tempo, a evidenciar uma capacidade bem rara de investigação, estudo e escrita, especialmente se considerarmos a profusão de boa informação que comporta cada um dos seus livros. O lugar de São Mamede, espaço mítico de Areosa, mas de quem, aparentemente, não haveria muito para dizer, proporcionou a António Viana uma abordagem escrita que lhe consumiu quase uma centena de páginas do livro com que nos brinda.

Nada ficou por dizer de tudo o que haveria para dizer sobre este aprazível local. A sua história (dizia José Fernandes, outro ilustre areosense já desaparecido “há quem goste de acreditar que este pitoresco lugarejo teria sido a origem da povoação litoral de Santa Maria de Vinha – mais tarde denominada Areosa”); as vivências de moradores que teve e felizmente ainda tem, as suas festas anuais, as chamadas “Festas do mel”; e outras curiosidades pitorescas constam deste bonito livro de cuidado arranjo gráfico e impressão com cor, para realçar a beleza do local e do traje que o etnográfico de Areosa (aqui fundado em 1966) usa para levar Areosa a todos os cantos do mundo, que pode ser adquirido pela módica quantia de sete euros (atenção que a tiragem é apenas de 250 exemplares).

Obrigado António Viana por mais esta obra e pela bonita palestra com que brindou os presentes, naquele ambiente fraternal que o GEA, o editor, sempre proporciona, a que não falta o verde de honra e o folar de Areosa, evidenciando que não é só na dança e no canto que se é famoso, mas também na arte de bem receber.

GFM

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