Apresentação do cartaz das festas

Foi recentemente apresentado o cartaz da Festa em Honra de S. Miguel, S. José e Nossa Senhora das Dores. A Festa terá lugar no último fim de semana do próximo mês de Julho e dela daremos notícias logo que seja divulgado o respetivo programa.

O evento da apresentação do cartaz ocorreu no Salão Paroquial de Perre, com a presença de 180 pessoas, entre as quais o arq. Luís Nobre (vereador da Câmara Municipal), o presidente da Junta de Freguesia de Perre, Vasco Cerdeira, bem como o autor do cartaz, o nosso conterrâneo João Gigante.

Na qualidade de anfitrião esteve também presente o pároco da Freguesia, padre Nuno Santos.

Na altura, foi servido um sarrabulho à moda de Perre, graciosamente confecionado pela D. Céu Arieira e o seu grupo de trabalho. Também a mordomia da Festa prestou o seu contributo, ajudando nas mesas e disponibilizando-se para acorrer a eventuais solicitações. Aliás, esta é uma prática que vem caraterizando o “novo ciclo da Festa” implementado em 1992, que tem o condão de proporcionar o envolvimento de um enorme grupo de pessoas nas mais variadas atividades inerentes à sua realização.

O tema da Festa do corrente ano relaciona-se com as Janeiras de Perre, cuja atividade é recordada pelos perrenses de todas as idades. Os mais velhos recordam-se certamente das digressões do grupo por estradas, caminhos e carreiros, pedindo para as obras da “Igreja Nova” ou para a Festa em honra de S. José (a Festa dos operários) e para outros empreendimentos da paróquia. E não precisamos ter muita idade para recordarmos as Janeiras da ADC Perre, da Sociedade Columbófila, da Escola de Música e, nestes últimos anos, do Grupo de Danças e Cantares, seguindo a cadência de cada aparecimento.
É tradição do grupo o uso de lençol branco, vestimenta muito referenciável nas noites escuras, que proporcionava uma visão ímpar de, por vezes, cerca de 40 homens em longa fila pelos caminhos da freguesia.

A fotografia do cartaz é da autoria do nosso conterrâneo João Gigante, contando com a colaboração dos elementos do Grupo de Danças e Cantares. Enquadrando o grupo na ténue luminosidade do seu candeeiro a petróleo, o autor conseguiu transportá-la através dos tempos, frente à alvura das paredes de uma casa tradicional onde o granito aflora denunciando a natureza da sua construção. Também evidente no desenho simétrico das janelas, na típica varanda onde estão presentes os donos da casa, e nos rasgos retangulares que permitiam a entrada de luz para o rés do chão. Certamente, estamos perante um quadro nostálgico que aborda uma atividade muito querida na freguesia de Perre e que o João Gigante muito bem soube recriar.

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