O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez disse hoje ter pedido à Infraestruturas de Portugal (IP) o reforço de medidas para travar os acidentes mortais no itinerário complementar 28 (IC28).
O último acidente, uma colisão, ocorreu no domingo, naquela via rápida que liga Ponte de Lima a Ponte da Barca e causou a morte a uma mulher de 27 anos e deixou uma menina de 8 anos gravemente ferida.
Contactado pela agência Lusa, a propósito da intervenção do vereador do PS, João Braga Simões, na reunião camarária de hoje, João Manuel Esteves disse que, a pedido da câmara “já foram feitas algumas intervenções naquela via, mas que, depois último acidente mortal, voltou a insistir junto da IP para a tomada de mais medidas.
Na intervenção na reunião camarária, o vereador do PS salientou a “sucessão de acidentes graves e fatais que têm afetado o IC28”.
“As breves reparações e instalação de pinos novos em alguns troços daquela via, infelizmente, não resolveram o problema”, lê-se num comunicado enviado pelo vereador à agência Lusa.
Em resposta, o autarca disse já ter sido solicitada ” novamente uma verificação pela IP, no sentido de continuar a melhorar as condições de segurança rodoviária, com a colocação de outros meios de controlo do tráfego”.
Segundo João Manuel Esteves, a via já foi alto de “um conjunto de intervenções e a ocorrência do último domingo relembra que é preciso continuar a reforçar as condições de segurança de segurança”.
“O executivo municipal chama a atenção para a necessidade de continuar a melhorar a estrada”.
A Lusa contactou a IP, mas ainda não obteve resposta.
No comunicado, o vereador socialista afirmou ser “tempo de solicitar à Infraestruturas de Portugal que coloque radares de controlo de velocidade nos troços mais perigosos e, naqueles em que for viável, colocar separador central”.
“Esta via é estruturante para a região, mas não pode continuar a ser um cemitério para os alto-minhotos”, sublinhou.
Para João Braga Simões, “o problema” da via “não está resolvido e são necessárias medidas” e “se é verdade que não é possível colocar separador central devido à largura da via e se a maior parte dos acidentes resulta ou são dramaticamente agravados pelo excesso de velocidade, resta uma possibilidade de instalação de radares de controlo de velocidade”.
“O Alto Minho vê sistematicamente vidas dos seus conterrâneos ceifadas por acidentes nesta estrada. Acumulamos cifras de morte que ultrapassam o razoável e, as medidas tomadas até agora pouco fizeram para diminuir a frequência das tragédias”, sustentou.
Lusa