Artesão carrecense continua amante da sua arte

Aquando de uma visita que fizemos no passado mês de agosto à feira de artesanato de Viana do Castelo, encontramos lá o nosso conterrâneo e artesão o senhor Manuel da Silva Correia, ou simplificando o Manuel Correia como vulgarmente é conhecido. A arte à qual ele se dedica requer uma grande quantidade de paciência e claro como é implícito muita arte para construir cada peça, quanto mais toda aquela panóplia de peças ali expostas, não existem dúvidas que os trabalhos com fósforos requerem muita paciência e dedicação.

Manuel Correia constrói as suas peças a partir de fósforos de madeira, usados, peças essas que representam desde os mais variados monumentos e grandes obras de arte até a emblemas de clubes ou peças ainda mais simples. Esta arte é uma dedicação que lhe vem desde os tempos do serviço militar, mas com uma aplicação muito maior desde que entrou na reforma.

Perguntamos-lhe se é habitual a sua presença neste evento do nosso Município, ao que nos respondeu que já participa nesta feira de artesanato há 10 anos, ou possivelmente até mais. Sobre se tem participado em outras feiras, diz-nos que sim mas não se mostra muito interessado nas mesmas, a feira de que gosta é esta, a sua de Viana do Castelo.

Questionado sobre qual a peça que mais gostou de produzir, Manuel Correia rapidamente nos indicou a ponte de Viana do Castelo, a centenária ponte Eiffel, que segundo ele diz, é a peça mais solicitada pela clientela. Sendo uma peça com uma volumetria considerável, indagamos por mera curiosidade, qual o tempo destinado à sua construção, o qual nos disse que gasta cerca de um mês a construir uma ponte Eiffel, ora como já dissemos que é necessário ter paciência, paciência e não só, é também necessário ter muito tempo e principalmente gostar, mas gostar mesmo muito do que se faz.

Manuel Correia é um artesão carrecense que, com o seu saber e querer, dá vida às artes decorativas através dos seus trabalhos. O que seriam as artes decorativas sem artesões da fibra deste e de muitos outros como ele? Provavelmente as feiras de artesanato não teriam a expressão com que felizmente hoje as vemos evoluir um pouco por todo o lado.

É importante valorizar o trabalho dos nossos artesãos pelo conteúdo do seu trabalho, pelo que ele transporta para além da própria arte quer seja a narrativa ou a própria memória. Por tal facto caro Manuel Correia parabéns pelas tuas obras, continua a construir com engenho e arte as peças que mais te sensibilizarem para continuares a engrandecer o mundo das artes decorativas. Parabéns.

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