As duas faces do lugar da Amorosa

A praia da Amorosa desde há muitos anos ostenta a Bandeira Azul, numa zona balnear reconhecida no país, onde anualmente acorrem milhares de forasteiros, turistas e residentes da freguesia no desejo de respirar o saudável iodo, desfrutando do areal prateado face ao horizonte do azul do mar.

O lugar da Amorosa é, por excelência, uma terra atrativa para quem lá mora e a visita, oferecendo restaurantes de boa gastronomia e sobretudo uma diversificada rede de comércios, centros de desporto e de lazer: peixarias, pastelarias, talhos, centros comerciais, bares, cafés, também cabeleireiras, centro desportivo como a piscina do Amorosa Clube, etc.

Apesar de toda a natural beleza, no respeitante à parte pública da urbanização envolvente, aí o mal impera desde há anos por permanecer votada ao abandono total.

Vejamos. É inconcebível ver naquela ampla área lixo abundar pelos passeios e ruas da urbanização construída e pensada para um viver apaziguado, sem limpeza, detritos espalhados pelo chão desde há meses. O insuportável cheiro nauseabundo emanado dos caixotes do lixo, nos quais é custoso depositar lixo neles por falta de desinfeção, enquanto os dejetos dos caninos abundam pelos quatro cantos da urbanização. 

Além disso, a maioria dos passeios e das ruas encontram-se esburacados porque jamais tiveram manutenção adequada desde a sua construção realizada nos anos 70 do século passado. 

Sendo uma zona balnear como é possível tal situação degradante em toda aquela urbanização e também na Amorosa antiga?

O antigo posto da Guarda Fiscal Marítima está abandonado desde há décadas em ruína, com o permanente furto de parte da obra e onde cobras e lagartos proliferam. Quanto ao bar Pénareia sobre a duna na parte Noroeste da urbanização continua em avançado apodrecimento numa zona de alta afluência de veraneantes. 

A falta do tão prometido passeio na rua da beira-mar na Amorosa antiga, os acessos ao areal da praia sem passadiços suficientes, poderiam existir mesmo sobre os geocilindros inestéticos e “sujeitos a coimas”. Em toda essa parte da orla, a acessibilidade à praia é perigosa. Amorosa nasceu em 1911. 

Como é possível, que o executivo da Junta de Freguesia e o serviço competente da Câmara Municipal deixem toda aquela área e suas imediações sem qualquer manutenção desde há anos? Outro pormenor, havendo eventos musicais e outros divertimentos constantes na cidade seria aceitável ver o município repartir esse bem pelas aldeias. Amorosa agradeceria.

Portanto, roga-se à municipalidade para honestamente se inclinar o quanto antes no sentido de embelezar a dita área balnear. Melhorando aquela zona junto à orla atlântica e alertando ainda para o perigo das inúmeras matas de austrálias cercando o lugar da Amorosa e sobretudo as matas que nasceram depois da extinção dos pinhais que existiam na parte sudeste.  

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