Felizmente, os artistas vianenses não desarmam. Independentemente do número de visitantes, vendendo muito ou pouco, concitando mais ou menos admiração pelos seus trabalhos, eles não deixam as galerias vazias, nem defraudam públicos, porque não desistem de trabalhar e versar sentimentos e criatividades para as telas ou para qualquer outro suporte onde a sua arte possa ser plasmada, desafiando-nos a compreendê-los nas mensagens que nos apresentam com cromatismos mais ou menos intensos.
A artista Paula Pereira acaba de encerrar uma exposição na Galeria da Santa Casa da Misericórdia de Viana – SCMV (um espaço simpático e muito visitado), tendo as Festas d’ Agonia como tema, por onde passaram largas centenas de pessoas, que não foram parcos nos elogios à autora, dado a real valia da mostra. Mas o espaço nem um dia ficou vazio, porque de imediato se montou a exposição de Rego Meira, também este regular nestas andanças. Viana Terra e Mar é o tema. Lá estão as coisas da nossa terra: as festas que nos animam o verão, as feiras e o mar, este representado pelos navios em doca, os naufrágios e a gente que ao mar se liga. Por aqui vai estar durante o mês de Setembro a merecer bem uma visita de quem não gosta de perder a oportunidade de se relacionar com a arte tipicamente vianesa.
Em Arga de Baixo, na Casa do Marco, no espaço da bem conhecida Arte na Leira, encerrou o artista Mário Rocha este afamado evento, que levou à serra, particularmente, centenas de citadinos de todas as partes do país. Mas desta vez não se seguiram as habituais férias. Ali “assentaram arraiais” o Carlos da Torre e o Acácio Viegas, dois artistas que têm exposto regularmente também no espaço da galeria da SCMV, cuja arte já várias vezes foi comentada por nós. São dois designers com estilos bem diferenciados, nos quais mora muita criatividade e sensibilidade estética. Mas nada como passar por lá, ficando para cada um dos visitantes a apreciação que julgue adequada, em função de interpretações e prazer. Fica assim o convite para mais um pequeno roteiro cultural pela Serra d’ Arga, que será sempre bem enriquecedor.