A Fundação Bienal de Arte de Cerveira recebeu uma menção honrosa da Associação Portuguesa de Museologia (APOM) na categoria Projeto Internacional com a “XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira” (2022). A cerimónia decorreu na passada sexta-feira, 26 de maio, no Museu do Ar, em Sintra, e contou com a presença de cerca 200 profissionais da área do Património, em representação de dezenas de instituições.
Nas palavras do presidente da Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), Rui Teixeira: “esta distinção vem reconhecer e celebrar o trabalho desenvolvido ao longo destes 44 anos e premeia uma nova estratégia orgânica e programática, centrada na internacionalização, na educação e numa maior aproximação aos públicos”. Para Rui Teixeira, este prémio sublinha o crescimento e consolidação da Bienal Internacional de Arte de Cerveira e “é dedicado aos sócios fundadores da FBAC, à direção e direção artística, à equipa, aos artistas, aos patrocinadores e parceiros e a todos os que tornam possível dar continuidade à nossa utopia”.
A edição de 2022 ficou ainda marcada por ter, pela primeira vez, uma mulher a assumir direção artística. No seu discurso a diretora artística da XXII BIAC, Helena Mendes Pereira, relembrou a importância de haver uma maior representatividade e diversidade nas equipas e nos projetos das instituições culturais, em sintonia com o mundo de hoje. “Este prémio é muito simbólico, pois premeia a FBAC por ter tido a coragem de ser diversa”, referiu.
De referir que a edição deste ano contou com cerca de 150 candidaturas, provenientes de todo o território nacional. Para o Museu Bienal de Cerveira, este é já o quarto ano de reconhecimento da APOM. Em 2019 foi distinguido com o prémio “Melhor Museu Português”, em 2020 foi reconhecido nas categorias “Comunicação Online” e “Projeto de Educação e Mediação Cultural” e em 2021 os prémios foram nas áreas “Aplicação e Gestão Multimédia” e “Fotografia do Património”.
Recorde-se que a XXII BIAC decorreu de 16 de julho a 31 de dezembro de 2022 sob o tema “WE MUST TAKE ACTION / DEVEMOS AGIR” e registou cerca de 25 mil visitantes e participantes na programação paralela. No âmbito do programa “De Município das Artes a Município para as Artes”, com curadoria de Mafalda Santos, participaram 30 artistas em 15 residências artísticas, nas 15 freguesias de Vila Nova de Cerveira. Foram ainda realizadas 50 visitas orientadas e 40 atividades paralelas.