A Junta de freguesia tem vindo a substituir as placas toponímicas dos nomes das ruas, atitude que se aplaude, porque as antigas eram muito inestéticas. Nas atuais está em evidência o brasão da vila, o que lhe dá um ar de dignidade, mesmo assim, não se sabe a razão, porque a Travessa da Rua Nova, nunca teve placa, e já vão 20 anos, situação que causou embaraços aos fregueses que demandavam uma indústria, que nela esteve instalada.
Na área do antigo lugar da Rua Nova, há mais dois reparos: a falta de sinal de Stop na saída da rua José Fernandes do Rego para Rua Nova, o que já tem causado alguns aborrecimentos. Dentro do mesmo espaço geográfico, ninguém sabe onde se situa a Travessa da Oliveirinha, porque a placa toponímica está colocada na ombreira de um portão, a quase dois metros de altura, elegível por estar coberta de lodo e musgo.
Um último reparo. Há mais de 10 anos um grupo de cidadãos, nos quais eu estive incluído, bateu à porta dos 23 consortes, cuja lista com os nomes tenho presente, donos dos campos que recebiam água de rega do estanca-rios de Vale, que assinaram uma declaração, na qual doavam à Junta de Freguesia, o aparelho de ferro forjado, fabricado há mais de 80 anos pelos ferreiros de Padim da Graça, concelho de Braga, com a condição de ele ser colocado no Largo da Feira, retirando o aparelho da corrosão, causada pela proximidade das águas. O local escolhido na Feira, foi junto à via-férrea, na proximidade da poça e fontanário de Campelo, em frente das bancas das peixeiras, numa perfeita visibilidade, para as centenas de pessoas que semanalmente e deslocam à Feira.
O valor museológico que o Estanca-rios apresenta é ser diferente dos vulgares, porque é de rodado duplo. Passados estes anos, o aparelho continua no local, coberto de silvas e bastante corroído pela ação das águas. Esta situação levou-nos a pedir informações, sendo-nos referido, que não lhe mexeram porque uns idealistas se opuseram, com o argumento que por ali passava um trilho pedestre. De facto, há anos a Câmara a seu pedido, procedeu à marcação de dois trilhos na freguesia, trilhos que nunca ninguém percorreu, gastando largas centenas de euros, se não milhares, na colocação da sinalética, da qual só resta, no Largo de São Sebastião, um painel de madeira com a indicação dos trilhos, que como disse, nunca ninguém calcorreou.
Se me fosse permitido dar um conselho, diria: sigam o exemplo da Câmara de Serpa, que então era presidida por um vianense, de Perre, e mandou colocar, numa das suas praças públicas, em plano elevado, uma típica nora alentejana. Ou então seguir um exemplo, aqui mais perto, da Junta de Vila de Punhe, autarquia que é neste Vale do Neiva, um caso único, na defesa dos valores do património, com conta peso e medida. Portanto aqui fica o apelo à Junta: salvem o estanca-rios de Vale, porque onde está colocado, o destino será a sucata, para o que dele restar!…